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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

04 de Abril de 2016, 11h:00 - A | A

GERAL / POLICLÍNICA DO VERDÃO

Unidade de saúde é interditada após atender criança com suspeita de H1N1

Paciente, de 1 ano, foi transferida para o PS de Cuiabá e a unidade reaberta no final da manhã de domingo.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



A Policlínica do Verdão ficou interditada da madrugada até o final da manhã de domingo (4) após receber como paciente, em estado preocupante, uma criança de 1 ano, com suspeita da gripe H1N1.

Em janeiro deste ano, foram notificados 35 casos. Um foi confirmado, em Cuiabá. Seis casos tiveram resultado não detectável para H1N1 e os outros 28 casos ainda estão sob investigação.

A criança foi encaminhada para a UTI do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá e, de acordo com protocolo do Ministério da Saúde, a unidade ficou fechada para passar por uma desinfecção, já que o vírus é transmitido no ar, por tossi e espirro por exemplo. Somente alguns funcionários permaneceram no plantão. A medida é de segurança.

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A artesã Thauana Michele, de 35 anos, encontrou esta situação de interdição, por volta das 10 horas da manhã deste domingo, quando foi levar o filho para consultar. “Fui levar meu filho, que também tem 1 ano, ele está muito gripado, com febre, mas a Policlinica estava fechada e me informaram que o motivo era essa criança, com suspeita de H1N1, eu fiquei preocupada porque doença sempre preocupa a gente”, comentou Thauana.

Material para exame também foi colhido da criança com suspeita de H1N1 e a SMS afirma que já notificou o Estado sobre o caso suspeito.

De acordo com informações da Secretaria de Municipal de Saúde (SMS), repassadas por meio da assessoria de imprensa, o remédio usado para a desinfecção já havia surtido o efeito e a unidade foi reaberta no final da manhã de domingo. Material para exame também foi colhido da criança com suspeita de H1N1 e a SMS afirma que já notificou o Estado sobre o caso suspeito.

A Secretaria de Estado de Saúde informa que teve conhecimento da interdição da Policlínica do Verdão e explica que o município tem autonomia em aplicar a medida. Esclarece também que até o momento não foi notificada da suspeita de H1N1, por parte do município de Cuiabá. O procedimento padrão é a Unidade de Saúde informar o Escritório Regional que logo em seguida informa a SES.

HISTÓRICO

O registro de influenza começou a ser feito em 2009 quando ocorreu uma pandemia no país.

A SES acompanha os casos notificados, pelos municípios, de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e a confirmação do caso como influenza H1N1 só acontece depois da investigação laboratorial.

Os casos de H1N1 confirmados em Mato Grosso foram 196, em 2009, apenas 1 em 2010, nenhum em 2011, 11 em 2012, 4 em 2013, 44 em 2014 e nenhum ano passado.

Os casos de H1N1 confirmados em Mato Grosso foram 196, em 2009, apenas 1 em 2010, nenhum em 2011, 11 em 2012, 4 em 2013, 44 em 2014 e nenhum ano passado.

Em janeiro deste ano, foram notificados 35 casos. Um foi confirmado, em Cuiabá. Seis casos tiveram resultado não detectável para H1N1 e os outros 28 casos ainda estão sob investigação.

Em relação ao número de óbitos nove casos foram notificados em Mato Grosso, sendo um confirmado e os demais aguardam resultado de exames para confirmar associação com a doença.

Os municípios com registro da doença são Cuiabá (10) e Rondonópolis (10), Primavera (02), Pontes de Lacerda (02), Várzea Grande (01), Rosário Oeste (01), Nova Bandeirantes (01), Campo Novo do Parecis (01), Sorriso (01), Araputanga (01), Barra do Garças (01), Campos de Júlio (01) e Cáceres (01). Também teve um caso de um norte-americano, diagnosticado aqui com H1N1.

A campanha de vacinação contra a H1N1 em Mato Grosso está prevista para iniciar em 30 de abril.

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PREOCUPAÇÃO

O aumento do número de casos de gripe suína, um tipo de influenza causada pelo vírus H1N1, vem chamando a atenção das autoridades de saúde em todo o país, em especial no Sul e no Sudeste.

De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, até 12 de março, houve 188 registros e 30 mortes relacionadas à doença no país. No ano passado inteiro, o Brasil confirmou 141 casos de H1N1 e 36 óbitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, até 12 de março, houve 188 registros e 30 mortes relacionadas à doença no país. No ano passado inteiro, o Brasil confirmou 141 casos de H1N1 e 36 óbitos.

O principal surto da doença ocorre no estado de São Paulo. Até o momento, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou o registro de 157 casos relacionados ao H1N1 e 23 óbitos – 66 casos e oito mortes foram registrados na capital.

De acordo com o médico infectologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Paulo Olzon Monteiro da Silva, não há uma resposta definitiva sobre o início do surto da doença, cuja maior incidência ocorre no inverno, mas a hipótese que vem sendo aceita pelos médicos é a de que brasileiros ou viajantes vindos de áreas endêmicas da doença, como os Estados Unidos, o Canadá e a Europa, tenham trazido o vírus para o hemisfério sul. “Hoje em dia com a facilidade de transporte, as pessoas circulam pelos países e em questão de horas podem trazer doenças de uma área para a outra”, explica. 

Além disso, as alterações do clima provocada pelo aquecimento global faz com que doenças cuja ocorrência ficavam restritas à determinadas épocas do ano possam acontecer em qualquer época do ano. “Doenças como a gripe comum e a gripe suína costumam acontecer mais em épocas frias, porque a penetração do vírus pelas vias respiratórias é facilitada nesse período, mas com as mudanças climáticas essa delimitação das estações do ano já não está mais acontecendo como antigamente.”

O médico ressalta a importância de se adotar cuidados para evitar o contágio pelo H1N1, como evitar locais fechados e com grande concentração de pessoas, evitar levar as mãos ao rosto ou boca e lavá-las com frequência, e aponta que é necessário saber distinguir os sintomas da gripe comum e o da gripe suína para procurar ajuda médica e evitar a automedicação. Confira abaixo quais os sintomas dessas doenças e como tratar e se prevenir do H1N1.

GRIPE COMUM X H1N1

A influenza é comumente conhecida como gripe. Trata-se de uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura 1 semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.

Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Já os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais. O vírus influenza A é responsável pelas grandes pandemias, entre eles encontramos os subtipos H1N1 e H3N2 circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).

Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo (CVE), a influenza suína ou gripe suína é uma doença respiratória dos porcos causada por um vírus de influenza do tipo A, que é motivo de surtos regulares em porcos. Estudos mostraram que esse vírus pode se disseminar de pessoa para pessoa.

A nova influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, que se propagou na primavera de 2009, é uma gripe sem precedentes e provocada por um novo tipo de vírus, ou seja a população não tem nenhuma imunidade contra ela.

OS SINTOMAS DO H1N1

Os sintomas do H1N1 são similares aos sintomas da influenza humana comum (gripe comum). Eles incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas relatam diarreia e vômitos associados à enfermidade. Já foram relatadas formas graves da doença com pneumonia e falência respiratória, além de mortes. A gripe suína pode causar também uma piora de doenças crônicas já existentes.

Transmissão

Acredita-se o H1N1 possa ser transmitido da mesma maneira pela qual se transmite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa especialmente através de tosse ou espirros das pessoas infectadas. Algumas vezes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou seu nariz.

Grupos de risco

Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A melhor maneira se prevenir contra a influenza sazonal é se vacinar todo ano.

Como tratar?

O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve ser realizado com medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Nos casos com complicações graves, são necessárias medidas de suporte intensivo. Uma das principais complicações da influenza são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento deve ser específico. O Ministério da Saúde alerta que é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco para agravamento da doença.

Resfriado e alergias são diferentes

O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem mais crianças.

Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias, segundo o Ministério da Saúde. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas.

As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.

Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica, cujos principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta.

Como podemos nos prevenir?

De acordo com o Ministério da Saúde, para redução do risco de pegar ou transmitir doenças respiratórias, as pessoas podem adotar medidas gerais de prevenção:

- frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;

- utilizar lenço descartável para higiene nasal;

- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

- higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

- manter os ambientes bem ventilados;

- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

(Com informações da SES e da EBC)

 

 

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