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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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09 de Agosto de 2020, 07h:50 - A | A

GERAL / ATUANDO CONTRA A COVID

Médico diz que maior gesto de amor este ano é não visitar o pai

O médico da família Werley Peres aconselha que as pessoas mostrem o carinho protegendo seus pais.

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



O médico da família Werley Peres terá um Dia dos Pais diferente, neste domingo (9), já que está atuando na linha de frente no combate da covid-19, na Capital. Com o pai Valdivino de 72 anos, hipertenso, obeso, pré-diabético, que reside em outro Estado, Werley resolveu mostrar seu carinho de outra forma, protegendo o seu pai.

“A gente fica com o coração na mão não podendo ir, mas ligando, falando por vídeo. Tentando estar mais presente virtualmente. A melhor forma de você demonstrar um carinho, um amor é protegendo e nesse momento a maior proteção para um idoso é evitar essa aproximação”, afirma o médico.  

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A família de Werley reside em uma cidade do interior de Góias, com pouco mais de 40 mil habitantes. Ele relata que no Dia das Mães ou dos Pais era comum que viajasse com sua mulher e filho para ver seus pais.

O médico chegou de ficar fora de casa por meses, para proteger sua família, e não faria diferente com os genitores.

"A melhor forma de você demonstrar um carinho, um amor é protegendo e nesse momento a maior proteção para um idoso é evitar essa aproximação”, afirma o médico.

“Eu fiquei fora de casa quatro meses. Eu não fiquei com minha esposa e meus filhos de março até julho. Voltei agora no final de julho, ficando em um quarto isolado. A minha sogra, que é idosa, estava lá em casa, então para evitar o risco tanto para os filhos, quanto para sogra é melhor que eu não fique em casa. Esse cuidado que eu tive como eles é o mesmo cuidado que eu tenho que ter com meu pai”, argumenta o médico.

Ele contou ao , com muito orgulho que o pai foi radialista e que tem uma voz belíssima. A situação é de saudade, mas ele encontra outros meios para driblar o sentimento sem pôr em risco seus entes queridos.

Aglomerações

O médico da família ressalta que esso é um momento, e que em breve teremos reuniões e alegria. Ele, que cancelou sua licença para trabalhar na pandemia e ajudar a sociedade, alerta que agora é hora de resguardar as pessoas que amamos.

“Temos conter essa ansiedade de querer estar presente, que é inevitável estar perto e querer abraçar, beijar os pais. É muito difícil, melhor nem arriscar. Isso vale para toda e qualquer pessoa que tem idoso na família”, explica.

“As pessoas têm que evitar essas aglomerações. No dia das mães eu escutei histórias trágicas, houveram reuniões de família e depois de 15 dias estavam mães na UTI”,  continua.

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