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Cuiabá, 05 de Maio de 2024
05 de Maio de 2024

25 de Abril de 2020, 07h:55 - A | A

GERAL / CORONAVÍRUS

Infectados obesos precisam de respiradores e têm maior risco de morrer

Cuiabá é a Capital mais obesa do Brasil. 55% da população está acima do peso, e 23% está obesa.

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



Foi observado em um estudo francês, que infectados com coronavírus, portadores de obesidade, apresentam maior necessidade de tratamento intensivo, sendo um grupo com uma alta taxa mortalidade.

 O que liga o alerta dos cuiabanos, já que a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, por Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta que Cuiabá é a Capital mais obesa do Brasil. 55% da população está acima do peso, e 23% está obesa. 

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“No estudo foi constado que os pacientes com obesidade apresentam uma evolução pior ao coronavírus”, afirma o cardiologista, especialista em Clínica Médica e Terapia Intensiva, Max Wagner de Lima.

“O coronavírus tinha um comportamento mais agressivo nesses pacientes, que apresentavam maior dificuldade de ventilação mecânica”, aponta.

Segundo Max Wagner, a pesquisa francesa feita na cidade de Lille, sobre a Covid-19, mostra que 85% dos pacientes acometidos com necessidade de internações hospitalares eram obesos. Sendo que 25% eram obesos com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35, uma obesidade de grau III.

“O coronavírus tinha um comportamento mais agressivo nesses pacientes, que apresentavam maior dificuldade de ventilação mecânica”, aponta.

“Talvez por um arranjo que já existe na síndrome da obesidade, que é uma doença de sinais e sintomas, estaria relacionado à piora clínica desses pacientes”, continua.

Uma pessoa portadora da síndrome da obesidade necessita de ventilação mecânica independente da causa que os levou à emergência, e são mais difíceis de serem ventilados.

“É mais difícil ventilar um obeso de forma adequada, do que um não obeso. Trata-se de uma questão mecânica da compressão das bases pulmonares, que foram uma área de difícil acesso, isso é um fator”, explica o cardiologista.

Além disso, a maior parte desse grupo também desenvolve doenças crônicas como hipertensão, diabetes, que é um agravante a mais no quadro.

Os pacientes de doenças crônicas, sendo obesos ou não, se apresentam um quadro mal controlado dessas patologias, segue a mesma evolução. Inclusive, esse grupo foi lotado como de risco.

“É um alerta independente da Covid-19, são pacientes de maior mortalidade”, aponta.

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