facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

12 de Abril de 2016, 14h:28 - A | A

GERAL / AVENIDA DA PRAINHA

Comerciantes reclamam de sujeira causada por morador de rua e cobram solução

O homem que sofre de problemas mentais já seria um velho conhecido da equipe de assistência social que atende situações como esta. Recolhido diversas vezes ele sempre volta para o mesmo local.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



Comerciantes da região da Avenida da Prainha, no Centro têm reclamado da 'bagunça' de um morador de rua, que passa o dia no canteiro central da via, enchendo o local de sucatas, tocando violão e cantando. Ao , os 'incomodados' enviaram fotos pedindo uma solução.

“Nós já conversamos com ele e ele fala que ali é dele, que ele manda naquele pedaço ali”, comenta o contador.

A situação gera polêmica, já que o morador de rua não teria capacidade de discernir o certo e o errado. Segundo pessoas que já tiveram contato com o homem, ele sofre de problemas mentais, não faz consumo de drogas e, por isso, os policiais militares que fazem ronda na região já se acostumaram com ele e não o abordam para coibi-lo.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

O contabilista Oscasir Soares, 65, que mora e trabalha em frente ao ponto de abrigo do morador de rua, alega que bandidos têm se aproveitado para ficar nas proximidades sem ser perturbados. “Esses dias tinha um cara lá junto com ele e começaram a fazer barulho. No outro dia esse cara que estava lá com ele foi preso porque era estuprador!”, relata o profissional liberal, que já reclamou do caso para à Polícia Militar diversas vezes, mas “eles falam que não adianta de nada porque prendem ele, mas o delegado manda embora porque não tem onde ficar”, diz.

Oscasir reclama que durante a noite, o grupo de homens fica conversando alto e quando ouvem reclamações do contador, o tratam com hostilidade e xingamentos. “Nós já conversamos com ele e ele fala que ali é dele, que ele manda naquele pedaço ali”.

“Ele é perturbado mental. É um velho conhecido nosso. Nós já levamos ele algumas vezes para o CRAS, para abrigamento e ele não para lá. Tentamos levar para a família dele e achamos uma ex-esposa que não quis nem ver ele, explica os secretário.

A sujeira causada pelo morador de rua é outro ponto que tem incomodado os comerciantes, pois ele costuma urinar na parede das lojas e acumular lixo no meio do canteiro, como se fosse um palco, uma intervenção de arte urbana, onde ele senta e começa a tocar seu violão e cantarolar. As pessoas que pegam condução naquele trecho parecem estar acostumadas com a presença inusitada do sem teto, que também gosta de ficar conversando com as pessoas no ponto de ônibus.

De acordo com o secretário municipal de Ordem Pública, Henrique de Souza, o morador de rua já é um “velho conhecido” dos servidores, que fizeram várias tentativas de retirá-lo das ruas, mas ele sempre acaba voltando.

“Ele é perturbado mental. É um velho conhecido nosso. Nós já levamos ele algumas vezes para o CRAS, para abrigamento e ele não para lá. Tentamos levar para a família dele e achamos uma ex-esposa que não quis nem ver ele, o esconjurou”, explica.

“Dessa vez, nós vamos levar ele primeiro a um psiquiatra para ver se consegue medicar, ou dar uma orientação para a gente", concluiu o secretário.

Nesta terça-feira (12) a tarde, uma nova tentativa será feita por uma equipe formada por pessoas das Secretarias de Ordem Pública e Assistência Social. “Dessa vez, nós vamos levar ele primeiro a um psiquiatra para ver se consegue medicar, ou dar uma orientação para a gente porque, nesse caso, não tem muito o que fazer. O certo seria levar ele para a família, mas como não tem isso, nós estamos tentando encontrar outra possibilidade mais razoável”, diz o secretário

Apesar das reclamações dos comerciantes, o contador Oscasir ressalta que a retirada do homem da rua é importante para ele mesmo, uma vez que já foi atropelado algumas vezes. “Aqui é uma avenida de grande circulação, não é para o cara ficar ali 24 horas. É perigoso demais! Eu me preocupo com ele porque é uma vida e eu estou vendo que uma hora um veículo vai colidir com ele”, comenta. 

Comente esta notícia