ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
Uma audiência de conciliação entre o Sindicato dos Médicos e a Prefeitura de Cuiabá, que estava marcada para o próximo dia 17, foi adiada para 22 de abril, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
A sessão busca encontrar um acordo entre as partes para que seja encerrada a greve geral dos profissionais da Saúde, que já dura mais de uma semana na Capital. A audiência terá a presença de magistrados representantes do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos.
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A categoria reivindica melhores condições de trabalho, segurança nas unidades de saúde, materiais para atendimento clínico e melhoria do piso salarial, que atualmente está firmado em R$ 1.200.
Os médicos resolveram cruzar os braços, mesmo contrariando decisão judicial que, a pedido da Procuradoria Geral de Cuiabá, já apontou a paralisação como ilegal. O descumprimento da decisão implica ao Sindicato dos Médicos (Sindimed) multa diária de R$ 20 mil.
Eles alegam que a prefeitura está retardando a negociação. Estão sendo mantidos os atendimentos de urgência e emergência nas Policlínicas e Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Morada do Ouro.
O secretário municipal de Comunicação da prefeitura, Kleber Lima, declarou que o Palácio Alencastro vai representar criminalmente, por omissão de socorro, o Sindimed e os profissionais, individualmente, que não estiverem cumprindo a jornada, caso ocorra qualquer complicação com pacientes que procurarem a rede municipal de saúde.
“Nós vamos representar criminalmente contra o sindicato e os profissionais que deixarem de cumprir suas escalas em caso de agravamento de saúde de algum paciente, porque eles não estão apenas descumprindo uma decisão judicial. Estão descumprindo o compromisso de dar assistência aos doentes”, critica o secretário.
O secretário diz ainda que a Prefeitura não está retardando as negociações. “Isso não condiz com a verdade. A primeira verdade que eles não falam é que interromperam as negociações, entrando em greve. Quando você decreta greve, interrompe o diálogo. Então, a responsabilidade por essa situação de conflito é única e exclusiva deles”, opina Lima.
Na visão dele, a greve causa prejuízos à população. “Com a categoria em greve, só negociamos perante à Justiça”.