\"Será uma honra receber Mauro Mendes no gabinete de governador\", alfineta petista

RepórterMT

Lúdio: em entrevista ao RepórterMT, falando como candidato ao governo

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO

Lúdio Cabral (PT), o nome mais cotado para representar a base aliada da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e de sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB), contesta a alegação de que seria ‘laranja’, afirmando que seu grupo é mais forte do que o pré-candidato Pedro Taques ( PDT) e ironiza sobre o prazer de receber o prefeito Mauro Mendes (PSB) como governador do Estado.

Mesmo não sendo o único nome apresentado pelo PT para compor a majoritária, e sem admitir a preferência, o ex-vereador Lúdio Cabral, que em 2012 perdeu a disputa pela Prefeitura de Cuiabá, para Mauro Mendes, está confiante e, em visita ao RepórterMT, já fala como pré-candidato ao governo do Estado.

Questionado se sua trajetória política poderia seguir o mesmo caminho que de Mauro Mendes, que após perder uma eleição para prefeito e outra para governador conseguiu se eleger prefeito de Cuiabá, Lúdio rebate e aposta na vitória.

Vai ser uma honra pra mim receber Mauro Mendes no Palácio Paiaguás”, desafia o petista que logo pontua sua colocação. “ Lógico que caso o PT decida pelo meu nome e caso haja um entendimento entre os partidos”, explica.

Em dezembro de 2013 o nome de do petista apareceu bem colocado em duas pesquisas de intenção de votos feitas em Mato Grosso. Em uma concorrendo com Pedro Taques, Julier Sebastião (sem partido) e Eraí Maggi (PP), Lúdio Ficaria em segundo lugar com 9% dos votos. Já em outa pesquisa, o primeiro cenário representado pela disputa com Blairo Maggi (PR), Taques e José Marcondes Muvuca (PHS), Lúdio ficou em terceiro lugar com 10,4% das intenções de voto. Em um segundo cenário da mesma pesquisa, sem Blairo na disputa, o petista ficaria em segundo lugar com 11,5% das intenções de voto.

Rebatendo as especulações de que sua candidatura não teria legitimidade, sendo uma fachada para eleger as bases estadual e federal, Lúdio afirma que a força política de seu grupo lhe dá maiores condições que Taques de vencer a eleição.

“Somos sete partidos, que hoje têm seis deputados federais, um senador e quase 20 deputados estaduais. O outro lado é que tem problema com relação a isso porque não tem densidade no conjunto do estado para poder ter uma chapa competitiva. E ninguém disputa eleição sozinho. A disputa é coletiva. Então a união desses grupos nos dá condições de ganhar a eleição em Mato Grosso para Dilma e de eleger o próximo governador”, declarou.

Em discurso com tom de pré-candidato, o petista aproveita para ‘alertar’ a população que se eleito, Taques pode não dar continuidade as obras do governo e se declara contra o gerenciamento da Saúde Pública pelas OSS’s e a privatização das rodovias estaduais, ambos projetos implantados na gestão de seu aliado, o atual governador Silval Barbosa.“Todo governo é um governo de acertos e de erros. Tanto os acertos quanto os erros têm que servir de aprendizado. Na minha opinião, na Saúde, nos precisamos de uma evolução nas políticas públicas. Onde tivermos capacidade de assumir com administração direta com quadro próprio do Estado, vamos assumir e nas demais vamos trabalhar para isso. Também temos outros caminhos para a melhoria da infraestrutura sem precisar adotar pedágio. Há outras alternativas, Fethab é uma delas,  além de recursos pelo governo federal”, explana Lúdio já como proposta de campanha. 

Vice

Sobre a escolha do candidato a vice para compor a chapa majoritária, Lúdio alega que não há como apresentar nomes antes de definir quem será o candidato a governador, mas não nega que em dezembro de 2013 esteve conversando com o produtor rural Rogério Ferrarim (PMDB), que em 2012 perdeu a eleição para a Prefeitura de Lucas do Rio Verde.
Questionado se essa composição não poderia ser considerada uma candidatura de ‘derrotados’, o petista defende que ambos tiveram uma grande vitória política chegando tão perto de serem eleitos e que representam uma nova geração de políticos. Opção que tem grandes chances de obter a preferência do eleitorado.

Reunião

A primeira reunião dos partidos da base aliada dos governos federal e estadual, realizada na noite desta segunda-feira (13) definiu que o palanque será unificado. Ou seja, a presidente vai comparecer apenas ao palanque da base aliada e os partidos da aliança devem lançar apenas um candidato ao Senado. 
Além de Lúdio outros quatro nomes foram apresentados pelos partidos para a candidatura de governador. São eles: o juiz Federal Julier Sebastião pelo PT, o produtor Rural Eraí Maggi pelo PP, o ex-prefeito de Água Boa, Mauricio Tonhá (Maurição) pelo PR e o vice-governador Chico Daltro pelo PSD, que pode sair à reeleição caso Silval deixe o governo para concorrer ao Senado.

A escolha dos nomes deve ser definida após o resultado de uma pesquisa quantitativa, que deve ser concluída até o final do mês de fevereiro. 

Abaixo, veja a entrevista feita com o ex-vereador Lúdio Cabral: