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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

08 de Fevereiro de 2014, 17h:02 - A | A

ESPORTES / VIADUTO DO DESPRAIADO

Morro ao lado continua a desabar e moradora diz que imobiliárias não querem alugar casas para a Secopa

Obras de contensão foram prometidas em junho do ano passado, mas até hoje nada foi feito; local continua desabando; veja vídeo com a cronologia do caso

ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO



Quase três meses após o desmoronamento do Morro do Despraiado, em Cuiabá, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) ainda não iniciou as obras para a construção do muro de gabião, conforme prometido pelo governador Silval Barbosa (PMDB), durante a solenidade de inauguração do viaduto do Despraiado, no dia 18 de novembro de 2013.

Enquanto as obras não iniciam, é visível que o morro continua desmoronando. A terra, que inicialmente estava somente na calçada, agora invade a Avenida Miguel Sutil, chegando próximo à barreira de separação entre a pista e a área afetada.

O morro desbarrancou no dia 12 de novembro durante uma forte chuva em Cuiabá. Na época, alguns moradores foram retirados às pressas das casas, que estavam próximas à área afetada e sofria com o risco de desmoronamento.

Mas passado esse período, o Repórter MT visitou a área nesta quinta-feira (6) e constatou que apenas uma das nove famílias que moram no local deixou a casa. As outras famílias aguardam um posicionamento da Secopa para desocupar a área.

“Eles não tomam decisão. Nós estamos na nossa casa, não vamos desocupar para eles e ir para uma casa de aluguel e pagar do nosso bolso”, diz Evani Soarena, moradora do bairro há 29 anos.

Evani afirma ainda que técnicos que visitaram a família deram a opção de sair permanentemente ou de forma provisória, e quando a obra fosse concluída poderiam voltar para a casa. “Eles ofereceram pagar o aluguel pelo período de um ano, que é o tempo para a conclusão da obra, depois poderíamos voltar normalmente. Dizem que não vão mexer enquanto tiver gente nas casas, mas não decidem nada”, desabafou.

A mulher, que divide a casa com a família do filho, interrompeu a reforma o imóvel após o desmoronamento. “Aqui tem o material guardado e não sei quando vou retomar a obra. Antes de iniciar a reforma perguntamos se eles [Secopa] iriam mexer no morro, mas eles não falaram nada. Agora estamos aqui sem saber o que fazer. Vamos ficar esperando uma posição”.

Evani afirma que apenas uma moradora deixou a casa para viver de aluguel social do Governo Estadual. “Somente a dona Nilda saiu para uma casa alugada, o filho dela não conseguiu, e continua morando na parte de baixo do sobrado com três crianças”.

Assim que informada sobre a possível mudança, Evani encaixotou as roupas e materiais. “Está tudo encaixotado, roupas, louças, e tudo mais. Me sinto coagida, por que não temos uma decisão certa. Fica num jogo de empurra-empurra”. Evani, que é moradora do bairro há quase três décadas, garante que antes da obra no local não ocorria desmoronamento. “Antes não tinha nada disso, depois que o trator cortou o morro em linha reta, que começou a dar o problema”. 

OUTRO LADO

A reportagem solicitou o posicionamento da Secopa quanto às obras no local e a retirada das famílias, mas até o fechamento deste material ainda obteve retorno.


TV REPÓRTER 

 

Álbum de fotos

Repórter MT

É visível que o morro continua desmoronando

Repórter MT

Morro do Despraiado

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É visível que o morro continua desmoronando

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É visível que o morro continua desmoronando

Repórter MT

É visível que o morro continua desmoronando

Repórter MT

É visível que o morro continua desmoronando

Repórter MT

É visível que o morro continua desmoronando

Repórter MT

Mudança de Evani pronta, aguardando o posicionamento da Secopa

Repórter MT

Vista da casa de Evani

Repórter MT

Evani Soarena

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