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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

25 de Janeiro de 2020, 08h:48 - A | A

ESPORTES / JUDÔ

Judoca Rafaela Silva é suspensa por 2 anos por doping

Campeã olímpica, que testou positivo durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, foi comunicada da decisão na quinta-feira e agora aposta em novo advogado, Marcelo Franklin, para recorrer

GLOBO ESPORTE



Rafaela Silva foi comunicada pela Federação Internacional de Judô (FIJ) que está suspensa por ter sido pega no exame antidoping realizado em agosto do ano passado, durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. A decisão tiraria a campeã olímpica da Rio 2016 dos Jogos de Tóquio, no Japão, que iniciam no dia 24 de julho. Segundo apuração da Globo, a punição é de dois anos, e a judoca já procurou um novo advogado, Marcelo Franklin, para entrar com recurso no CAS (Corte Arbitral do Esporte), que é a última instância do direito desportivo mundial. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) emitiu uma nota oficial dizendo que está acompanhando "os desdobramentos do processo legal referente ao caso de doping envolvendo a judoca da seleção brasileira, Rafaela Silva, com a confiança de que a justiça prevalecerá." O Comitê Olímpico do Brasil (COB) aguarda receber todas as informações sobre o caso. Rafaela Silva emitiu comunicado e não vai se pronunciar.

A campeã olímpica passou por uma audiência no dia 15 de janeiro e foi notificada do resultado do julgamento no painel da FIJ nesta quinta-feira. Para recorrer ao CAS, Rafaela Silva procurou Marcelo Franklin, principal referência em antidoping no Brasil, que já defendeu atletas como Cesar Cielo, Caio Bonfim, Etiene Medeiros, Ana Cláudia Lemos e Pedro Barros. Todos foram inocentados.

- É sempre uma grande responsabilidade defender o sonho olímpico de uma atleta da importância da Rafaela, principalmente por ser inocente - disse o advogado Marcelo Franklin.

Rafaela Silva foi pega no exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em agosto de 2019. A PanAm Sports, que organiza essa competição, decidiu tirar a medalha de ouro da judoca, que foi conquistada na categoria leva (-57kg). No início de novembro, a carioca anunciou que entraria em uma suspensão voluntária. O exame acusou a presença de fenoterol, a mesma substância com a qual Etiene Medeiros foi flagrada, em junho de 2016. A nadadora acabou inocentada na ocasião. Esse ativo tem efeito broncodilatador e costuma ser usado em tratamento de doenças respiratórias, como a asma. A substância causa aumento de performance, uma vez que permite melhor troca gasosa entre o sangue e o pulmão.

Na audiência por videoconferência do último dia 15, a antiga defesa da atleta, feita pelo advogado Bichara Neto, se baseou na possibilidade da contaminação ter acontecido a partir do contato com um bebê. Lara, de sete meses, é filha de outra judoca do Instituto Reação, Flávia Rodrigues, e faz uso de medicação contra asma. O contato com a criança teria acontecido em 4 de agosto, na véspera do embarque para Lima.

A judoca soube do seu caso de doping no Mundial de Judô de Tóquio, no Japão, no fim de agosto. No mesmo dia, disputou o Campeonato Mundial, conquistou a medalha de bronze e fez um novo exame de doping, que deu negativo. Ou seja, ela não foi pega no doping durante o Mundial, disputado 20 dias após o Pan de Lima.

A carioca tem no currículo o título mundial de 2013 e a medalha de ouro na Olimpíada do Rio em 2016, além de outras três pratas e dois bronzes em Campeonatos Mundiais. Em 2019, foi campeã dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez - mas perdeu a medalha.

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