AUTO ESPORTE
As novas Honda CB 500F e CB 500X 2020 acabam de chegar às lojas do Brasil. Desde o lançamento da atual geração em 2013, as motos recebem as principais novidades em 7 anos.
Veja os preços dos modelos 2020:
CB 500F (naked): R$ 26.900 – custava R$ 25.390 no modelo anterior;
CB 500X (aventureira): R$ 28.900 – custava R$ 27.390 no modelo anterior.
Com as alterações de valores, os modelos da nova linha ficam R$ 1.510 mais caros.
Apesar de cada variante ter atualizações próprias, os pontos mais importantes da renovação em comum da família 500 são a introdução do sistema de embreagem assistido e deslizante, atualização do chassi, além de um motor com 4% a mais de torque em baixas e médias rotações – mesmo que a potência máxima não tenha subido.
A má notícia dentro das Honda 500 foi a despedida da CBR 500R no ano passado, que não faz mais parte do portfólio da empresa no país. De acordo com a Honda, a ideia foi focar os esforços da categoria esportiva na nova CBR 650R.
5 coisas que só quem andou nas novas Honda CB 500 sabe:
Motor ficou mais espertinho nas arrancadas;
Reduções de marchas mais seguras e suaves com o sistema de embreagem deslizante;
Acionamento da embreagem ficou levinho, com o dispositiovo
CB 500X ficou mais preparada para terrenos irregulares, e roda maior trouxe agilidade em trocas de direção;
Mesmo com novidades, motos são mais racionais do que empolgantes.
Moto 'grande' mais vendida
Apesar de promissor, o mercado de média cilindrada no Brasil ainda é pouco explorado. Em 2019, a Honda vendeu 4.108 unidades da CB 500F e 3.863 unidades da CB 500X , com o total de 7.971 unidades, números que as tornam as motos acima de 400 cc de cilindrada mais vendidas do mercado brasileiro.
Além da Honda, a Royal Enfield é uma marca que aposta nesta faixa, mas em motos com o estilo mais clássico. Por isso, a família 500 acaba competindo com modelos de maior cilindrada ou de menor cilindrada, e de estilos diversos.
No entanto, por preço e desempenho, acaba ficando mais próximos de modelos de um faixa inferior de preço. Por exemplo, no caso da CB 500X, é possível o consumidor ficar em dúvida com a Kawasaki Versys-X 300 ou mesmo a BMW G 310 GS.
No caso da CB 500F, desempenho similar pode ser encontrado em Yamaha MT-03 ou Kawasaki Z400. A família 500 sempre acaba levando vantagem nos números, mas também tem preços mais altos.
CB 500X enfim vira uma aventureira
A CB 500X sempre teve a responsabilidade de encarar os terrenos mais irregulares e, por ventura, até mesmo a terra. Mas com a renovação a moto promete de vez virar um aventureira. O modelo ganha suspensões mais longas para isso:
- A dianteira passou de para 140 mm para 150 mm de curso;
- E a traseiro subiu de 118 mm para 135 mm.
-
Além disso, a roda dianteira deixa para trás a medida de 17 polegadas para ser equipada com roda de 19 polegadas, o que vem bem mais a calhar para uma moto com pretensões aventureiras. No primeiro contato do G1 com a moto, a CB 500X mostra que essa configuração deixou a moto mais ágil nas trocas de direção.
Ainda não foi possível andar com a moto na terra, mas em alguns trechos de pavimento em pior estado a moto se comporta de maneira equilibrada e com um acerto confortável nas suspensões. O grande destaque fica por conta do sistema de embreagem assistida e do tipo deslizante.
Com a ajuda do dispositivo, o acionamento do manete de embreagem é bem levinho. Nas reduções de marcha, o "slipper-clucth" evita que a roda traseira trave, além de deixar os engates mais confortáveis.
Com pretensões para fazer viagens mais longas, a CB 500X também recebe maior proteção aerodinâmica. Com a bolha dianteira maior, ela se torna mais confortável para rodar em velocidades de cruzeiro a 120 km/h.
CB 500F
Do lado da opção naked CB 500F, as mudanças foram as mesmas em relação ao motor. Apesar de manter a mesma configuração, de 2 cilindros e 471 cc de cilindrada, novos ajustes e peças trazem um torque 4% superior em baixos e médios.
Isso tornou a moto mais "espertinha" e é algo mais fácil de notar na CB 500F, moto mais leve em comparação com a CB 500X.
Os números finais de torque e potência, no entanto, foram mantidos no mesmo patamar. O bicilíndrico rende 50,4 cavalos a 8.500 rpm e 4,53 kgfm de torque, sempre trabalhando em conjunto com o câmbio de 6 marchas.
No geral, a moto segue com o comportamento bem parecido com o do modelo anterior, mas o visual evoluiu, dando a impressão de ser uma moto de maior cilindrada. Além disso, o painel é completamente novo, do tipo "LCD Black Out". Além de propiciar uma boa visualização, ele conta agora a luz de alerta para trocas de marcha.
Motos melhoram, e preço sobe
Apesar de não ser uma nova geração, a evolução proposta na família CB 500 foi muito bem-vinda. Elas ficaram com o visual mais impactante e o funcionamento melhorou em várias direções, apesar de no geral ainda se tratarem de motos bem simples, um meio-termo entre a baixa e a alta cilindrada.