DA REDAÇÃO
O Hospital São Luiz, em Cáceres (220 km de Cuiabá) virou manchete nos cadernos policiais após obrigar um servidor – que seria do grupo de risco- a tratar de pacientes da UTI que estão infectados com o novo coronavírus (Covid-19).
Fato que chama atenção é que a unidade de saúde fez um “sorteio” para saber qual profissional atenderia no local, visto que todos estavam com medo de serem infectados.
A denúncia foi notifica pelo . A “roleta russa” gerou ainda mais medo no profissional, que se negou a atuar por ser do grupo de risco (hipertenso) e não ter conhecimentos no setor designado.
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“Já estávamos desfalcado com apenas 03 (três) técnicos e uma enfermeira; onde nenhum dos técnicos quis ir para a UTI, devido o desfalque do setor e a inexperiência para o setor de UTI, mesmo assim fizeram um sorteio para que um fosse, sendo que caiu meu nome”, consta no B.O.
O hospital nega as acusações.
Veja nota do hospital
A direção do Hospital São Luiz (HSL) recebe com surpresa a informação e esclarece que o profissional citado na reportagem trabalha na unidade há 11 anos, sendo devidamente treinado e capacitado para atuar em sua área de formação, conforme grade curricular educacional e estágios relacionados. Informa, ainda, que o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) do HSL não possui histórico de notificação ou atestado relacionado a comorbidades do colaborador.
É fundamental destacar que toda a equipe assistencial responsável pelo atendimento aos pacientes com Covid-19 cumprem os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS). Sobre os profissionais de Enfermagem, o Hospital São Luiz atua amparado pelo Código de Ética da categoria, que preconiza em seu Art. 5º: “Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade”; e em seu Art. 12º: “Assegurar à pessoa, família e coletividade a assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência”.
A unidade promove o treinamento contínuo dos colaboradores para aumentar a segurança no atendimento de pacientes, além de garantir a adoção correta de todos os procedimentos, com atenção especial aos protocolos de atendimento a casos de Covid-19.