SÍLVIA DEVAUX
DA REDAÇÃO
A médica infectologista Maíra Bordignon Quadros falou ao 
sobre a possibilidade das pessoas serem infectadas pelo coronavírus por mais de uma vez e sobre a polêmica 'imunidade de rebanho'. Ela observa que a Medicina ainda não consegue dizer, com certeza, se a pessoa está curada ou não. Uma preocupação que surge a partir de agora é se realmente existe uma resposta imunológica permanente para o coronavírus ou apenas momentânea.
Segundo esclarece a especialista, esse é um questionamento que ninguém consegue responder ainda. Até se cogitou se pessoas com exames RT-PCR positivos e sorologias negativas seriam imunes por conta da imunidade celular um outro tipo tipo de resposta imunológica.
Os testes sorológicos coletados pelo sangue (IgM e IgG) apenas demostrariam que a pessoa está produzindo anticorpos contra o vírus, mas não se tem certeza se traduz cura ou não como ocorre em outros vírus. Ela comenta que pesquisadores já identificam outro tipo de imunidade, “a celular que é mais difícil de ser avaliada”, mas que pode ser eficaz nessa luta, onde essa célula tem função de reconhecer e matar patógenos ou células infectadas.
Como os testes existentes não são precisos, a orientação da especialista é que a pessoa evite fazer “interpretações errôneas” ao ler o resultado e, sim, busque a avaliação de um médico, o profissional mais indicado para traduzir o que realmente está dizendo ou não só exprimir o que diz. “Precisa do raciocínio médico para avaliá-los em cada situação quando positivos, negativos, falso-positivos e possibilidade de falsos-negativos”, completou.
Por fim, a dica dela é que e mantenham os cuidados até agora indicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Centers for Disease Control and Prevention (CDC). “Como ainda não sabemos sobre cura definitiva nem reinfecção, as pessoas que tiveram covid-19 precisam manter os cuidados de usar máscara, manter o distanciamento social e higienizar as mãos constantemente assim como as que não tiveram ainda”.
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