CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Quase uma semana após o incêndio que destruiu toda a casa de sua família, Katiane Salomão, 36, ainda não conta com nenhuma das doações que recebeu através de apelos pela mídia. A mãe de família, que está prestes a dar luz ao quarto filho, não tem condições sequer de pagar uma passagem de ônibus e pede ajuda de alguém que tenha carro e disposição para lhe ajudar com um frete. “Não chegou nada na minha mão ainda porque é tudo longe e eu não tenho condições de buscar”, lamenta.
“Não chegou nada na minha mão ainda porque é tudo longe e eu não tenho condições de buscar”, lamenta.
A tragédia ocorreu na segunda-feira (19), no bairro Cinturão Verde, quando Katiane saiu para ir ao mercado e acabou conseguindo uma faxina para fazer no mesmo local. Ela aceitou o trabalho, mas esqueceu-se que havia deixado uma panela no fogão. Algum tempo depois, foi avisada de que sua casa estava em chamas. Quando chegou ao local, só restavam cinzas. A casa de madeira queimou muito rapidamente, com tudo o que tinha dentro. Por sorte, ninguém estava no barraco na hora do incêndio, mas a perda material foi total. Começou, então, a busca por ajuda através de vizinhos e da imprensa.
A maioria das pessoas que ofereceu ajuda mora em locais como Tijucal, CPA e até Várzea Grande. Katiane acredita que são pessoas como ela, sem muitas condições financeiras, mas que estão ajudando com o que têm. “Eu já tô alegre porque tô ganhando as coisas, mas não tenho como buscar e as pessoas não tem como trazer”.
“Eu já tô alegre porque tô ganhando as coisas, mas não tenho como buscar e as pessoas não tem como trazer”.
Na lista de Katiane, já constam doações de fogão, geladeira, cama, colchão, berço, bicicleta, sofá, panelas, roupas de cama, vestuário e até dez folhas de telha ondulada para a reconstrução da casa. Nos primeiros dias após o incêndio, eles ficaram abrigados na casa de vizinhos, mas receberam um mês de aluguel numa casa de dois cômodos, no bairro Pedra 90, onde poderão ficar até durante um mês, pois a proprietária também depende do aluguel para se manter.
A grávida teme que seu bebê nasça sem que eles tenham o mínimo a oferecer e sofre ao ver os filhos (duas meninas, de 4 e 7 anos, e um rapaz, de 15) sem poder ir à escola, uma vez que o fogo consumiu materiais escolares e roupas. “Eu tô com medo de ganhar e não ter nada dentro de casa. As crianças da gente ficam muito judiadas, muito maltratadas”, lastima.
“Eu tô com medo de ganhar e não ter nada dentro de casa. As crianças da gente ficam muito judiadas, muito maltratadas”, lastima.
A dificuldade da família em se manter já era grande antes do incêndio. Katiane, o marido e o filho trabalham fazendo “bicos” e ela garante que continuará trabalhando “até a hora do bebê nascer”. E esse momento já está próximo. “Eu acho que não passa dessa semana, a barriga já baixou uns quatro dedos pra baixo”, conta emocionada ao .
Doações
Além do frete com urgência, a família também precisa muito de sacolão, roupas e fraldas para o bebê, além de móveis, utilidades do lar e materiais para construção.
Para ajudar, basta entrar em contato com Katiane pelo telefone (65) 9312-9059.
Cida Ribeiro 25/10/2015
e a Secretaria de Serviço Social do Município?????????????????...está esperando o que para se movimentar??????????
1 comentários