EGO
"Quando minhas filhas eram pequenas, eu não tinha tempo de dar carinho, então dedico o pouco tempo livre que tenho à minha família. Estou transmitindo esse amor agora para meus netos, que têm muito orgulho de mim. Aos fins de semana a gente se encontra, eu faço algo aqui em casa ou encomendamos uma pizza. Mesmo quando não programamos nada, sempre tem um bolinho esperando por eles", contou ela, que preaprou o Bolo Melecado, o preferido de seus netos, pouco antes da entrevista (aprenda a fazer com a receita abaixo).
Quem pensa que por conta da idade ela fica longe da cozinha, está enganado: "Eu invento, elaboro e mudo tudo. Gosto mais de fazer pão, massa, mexer com farinha. Não sigo dieta. Adoro frango com polenta, amo! Macarrão também".
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Entre um pedaço e outro de bolo, Palmirinha conta que ainda mantém contato com outra craque das panelas: Ana Maria Braga. A apresentadora do "Mais Você" a viu participando de um programa de TV e a tornou conhecida ao chama-la para cozinhar com frequência no extinto "Note e anote", exibido na década de 1990 na Record. "Todo aniversário meu e dela trocamos mensagens. A Ana sempre me elogia, diz que tem muito respeito por mim, que me admira muito pela minha luta. Ela é uma pessoa maravilhosa, aprendi muito com ela, e esse apelido Palmirinha foi ela quem me deu", revela.
Selinho em Neymar
Palmirinha, que esta semana bombou na internet com um vídeo de uma entrevista antiga (com direito a selinho) sua com Chay Suede, o José Alfredo jovem de "Império", contou ao EGO quem ela gostaria de receber em seu programa. "O Neymar, adoro esse menino. Sofri, chorei muito com esse problema que ele teve, orei aos pés de Nossa Senhora Aparecida e pedi muito para que não fosse algo mais grave. Gostaria de dizer a ele que é uma pessoa humilde, que vai chegar onde quer e dar um selinho nele", diz sem pudores.
Apesar de ser conhecida por seu bom humor, nem tudo na vida da culinarista foi fácil. Entre muitas histórias, ela já revelou que apanhava da mãe, que a teria "vendido" aos 16 anos para um fazendeiro. Também apanhou e foi traída pelo ex-marido, de quem se separou aos 45 anos, quando literalmente teve que colocar a mão na massa, acumulando vários empregos para pagar a faculdade das três filhas. Isso sem falar do câncer que enfrentou na década de 1980. "Achei que não poderia ver meus netos crescerem, mas ao mesmo tempo estava preparada para isso. O amor das minhas filhas, dos meus netos e dos meus genros me ajudou a continuar a minha luta. Eles me visitavam, me davam carinho e acho que foi de onde tirei força para viver", conta, emocionada.
Palmirinha também se emociona ao falar da importância de visitar os avós, tanto neste sábado, 26, dia deles, quanto no restante do ano: "Você que é neto, não esqueça, dedique um tempinho e vá dar um abraço, uma flor para sua vovó ou, mesmo que não possa levar nada, vá visitá-la também se ela estiver em um asilo ou casa de repouso. Ela vai se sentir mais amada e isso não tem dinheiro que pague. E você, vovó, não se envergonhe de mostrar o que está sentindo para o seu neto. Não deixe de abraçá-lo, beijá-lo. Se não tem muitas condições, faça nem que seja arroz, feijão e uma carninha moída e chame eles para comerem com você. Desejo que vocês, minhas amiguinhas, tenham um dia da Vovó maravilhoso como o meu, cheio de carinho".
Ela nem pensa em "pendurar as panelas". "Hoje os idosos têm mais tempo de vida que antigamente, tem gente lúcida com 100 anos, conversando e brincando com os netos. Já tentei me aposentar e não consegui, continuo batalhando e mostrando que não tem idade para conquistas. Estudei muito pouco, não tive oportunidade de fazer uma faculdade e falo errado mesmo, mas me orgulho do que sou porque foi com uma luta muito grande que cheguei onde cheguei. Ainda vou cozinhar muito para vocês", avisa. E a gente comemora.
