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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
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25 de Fevereiro de 2018, 07h:55 - A | A

VARIEDADES / ALIMENTAÇÃO

Dieta low carb pode elevar risco de defeitos congênitos em bebês

Estudo ressalta a importância do ácido fólico na dieta para mulheres grávidas e que pretendem engravidar

MINHA VIDA



Se você está grávida ou planeja engravidar, talvez seja melhor evitar a dieta low carb. De acordo com um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostrou que esse tipo de plano alimentar pode aumentar o risco de o bebê sofrer com defeitos congênitos nos tubos neurais.

Na análise, os pesquisadores apontaram que as mulheres com baixo consumo de carboidratos são 30% mais propensas a terem bebês com defeitos no tubo neural, como espinha bífida (malformação da coluna vertebral e da medula espinhal) e anencefalia (ausência de porções importantes do cérebro e do crânio), que podem levar a incapacidade vitalícia e morte infantil, quando comparadas com as mulheres que não restringem a ingestão de carboidratos.

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Esse é o primeiro estudo já realizado para avaliar a relação entre baixa ingestão de carboidratos e ter filhos com problemas no tubo neural. "Nós já sabemos que a dieta materna antes e durante o início da gravidez desempenha um papel importante no desenvolvimento fetal. O que há de novo sobre este estudo é a sugestão de que a ingestão baixa de carboidratos pode aumentar o risco de ter um bebê com defeito do tubo neural em 30%. Isso é preocupante porque as dietas com baixo teor de carboidratos são bastante populares", disse Tania Desrosiers, PhD, MPH e pesquisadora assistente de epidemiologia da UNC Gillings School of Global Public Health, que liderou o estudo.

"Este achado reforça a importância das mulheres grávidas de conversarem com seu médico sobre quaisquer dietas especiais ou comportamentos alimentares que rotineiramente praticam", completa ela. O ácido fólico é um nutriente essencial que minimiza o risco de defeitos no tubo neural. Mais de 20% das mulheres nos Estados Unidos têm concentrações de folato no sangue abaixo do nível recomendado para reduzir o risco de defeitos no tubo neural.

Por esta razão, em 1998, a Food and Drug Administration começou a exigir que o ácido fólico fosse adicionado a produtos de grãos enriquecidos. A pesquisadora e sua equipe descobriram que a ingestão de ácido fólico entre as mulheres com alimentação restrita de carboidratos era menos da metade do que a de outras mulheres.

Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças recomendam que todas as mulheres que ficam grávidas tomem um multivitamínico diário com pelo menos 400 microgramas de ácido fólico todos os dias, antes e durante a gravidez. No entanto, como quase metade de todas as gestações nos Estados Unidos e em muitos lugares do mundo não são planejadas, muitas mulheres não iniciam a suplementação com ácido fólico até descobrirem a gravidez, quando já pode ser tarde. Por isso, sempre que for iniciar uma dieta, consulte um médico que poderá encontrar a melhor opção para você e o momento em que está vivendo.

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