facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

21 de Junho de 2019, 09h:09 - A | A

VARIEDADES / MUNDO

Condição rara fez vagina de uma mulher produzir leite materno

Chamado de tecido mamário "ectópico", ele pode se desenvolver em diversos lugares do corpo - inclusive nas áreas íntimas.

SUPERINTERESSANTE



Após a gravidez, o corpo da mulher demora um pouco para voltar ao que era antes. Mas uma mãe na Áustria passou por algo particularmente incomum: ela começou a lactar pela vulva.

Sim, exatamente o que você leu: em termos menos técnicos, ela estava liberando leite materno pela região externa da vagina. De acordo com um relatório sobre o caso, a mulher de 29 anos recentemente deu à luz o seu segundo filho.

>> Clique aqui e participe do grupo de WhatsApp 

Essa saga teve início quando a paciente começou a sentir uma dor severa no lado direito da pelve. A mulher alegou que, quatro dias após o parto, ela desenvolveu inchaço nos dois lados da vulva e notou a liberação de um líquido “branco-leitoso” na área. Ela também disse que teve inchaço semelhante após a primeira gravidez.

Os primeiros médicos que atenderam o caso desconfiaram que a mulher poderia ter desenvolvido um abcesso, cheio de pus, causado por uma infecção nos pontos que ela precisou receber após o parto. Por consequência, o líquido deveria ser uma espécie de pus.

Só que as primeiras análises mostraram que não. E se não era pus, o problema dificilmente seria um abcesso. Daí surgiu a hipótese mais surpreendente: a mulher poderia ter desenvolvido tecido mamário na vulva. De fato, quando os médicos realizaram uma ultrassonografia da área, eles comprovaram que ali havia tecido mamário em plena lactação.

De acordo com os especialistas, o lado direito estava particularmente inchado e doloroso porque as suturas cobriram um “ducto excretor” do leite. Uma vez que esses pontos foram removidos, a dor da mulher imediatamente diminuiu. Em duas semanas, o inchaço e a secreção de leite no tecido ectópico cessaram. Já a amamentação pelo tecido mamário adequado (o seio) continuou, para sorte da mãe e do bebê. As informações sobre o caso foram reunidas em um relatório publicado na edição de julho do periódico Obstetrics & Gynecology.

Essa ter sido uma das coisas mais estranhas que você já leu na vida, mas casos assim já foram descritos pela medicina antes: às vezes, mulheres desenvolver tecidos mamários em outras partes do corpo – os chamados tecidos “ectópicos”, ou “acessórios”. As mulheres que desenvolvem isso, geralmente após à gravidez, já nascem com esse tecido deslocado.

Segundo o relatório, cerca de 1% a 5% das crianças possuem essa anomalia, mas é muito muito raro que ela se concentre na a vulva. O mais comum é que o tecido ocorra na área das axilas. Em alguns casos, as mulheres desenvolvem não apenas as células mamárias, mas toda a estrutura do mamilo em outras regiões do corpo.

Geralmente esse “mamilo extra” não se desenvolve totalmente, e as mulheres só detectam que possuem tecido mamário ectópico após a gravidez – ou se ele apresentar problemas, originando câncer, por exemplo. Os médicos recomendam que, em qualquer um desses casos, o tecido seja retirado assim que é descoberto.

Comente esta notícia