JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Em um ano que a Polícia Civil por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz) prendeu vários ‘figurões’ da política mato-grossense, acusados de liderarem e também participarem de esquemas criminosos, que desviaram milhões dos cofres públicos, o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp), Mauro Zaque, destacou que a prisão do ex-governador, Silval Barbosa (PMDB), foi a mais importante de 2015. “Uma prisão de um ex-governador que foi tão nocivo ao Estado mostra às pessoas que não vamos mais aceitar esse tipo de postura”, afirmou.
“Uma prisão de um ex-governador que foi tão nocivo ao Estado mostra às pessoas que não vamos mais aceitar esse tipo de postura”, afirmou.
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Zaque lembrou o prejuízo que o ato de corrupção causa na máquina pública. Já que não se resume apenas ao dinheiro desviado, mas sim, os danos diretos que o dinheiro desviado poderia ter ajudado a população do Estado. Segundo o secretário, esses corruptos tem que ser punidos exemplarmente, porque acabam com o futuro das pessoas. “Com esse dinheiro desviado o Estado deixa de investir na Educação, Segurança Pública entre outros setores. Enfim, vamos combater a corrupção severamente”, comentou.
“Com esse dinheiro desviado o Estado deixa de investir na Educação, Segurança Pública entre outros setores. Enfim, vamos combater a corrupção severamente”, comentou.
Por fim, o secretário deixou um aviso aos corruptos que continuam a agir no Estado. “Estamos trabalhando fortemente e em 2016 novas operações devem ser deflagradas, sempre com elementos jurídicos concretos”, disse.
PRESO HÁ TRÊS MESES
Na deflagração da operação Sodoma, realizada no dia 15 de setembro, também foram presos os ex-secretários Marcel Cursi (Fazenda) e Pedro Nadaf (Indústria e Comércio, Fazenda e Casa Civil). Silval, assim que ficou sabendo da ação policial desapareceum e se apresentou na Defaz apenas na noite do dia 17 do mesmo mês.
Os três que são acusados de concederem incentivos fiscais em troca de propina, seguem presos no Centro de Custódia da Capital. Eles tiveram diversos pedidos de liberdade negados pela Justiça durante esse período e devem passar as festas de fim de ano no presídio.
De acordo com a decisão da prisão preventiva, feita pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, Silval atuava como líder da quadrilha que fraudava as concessões de incentivos fiscais do Estado, dados à empresas que queriam se instalar em solo mato-grossense. Já que ele era o único que tinha o poder legal de conceder.
Silval responde pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e concussão e se condenado pode pegar mais de 10 anos de prisão.
