JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O Diário Oficial do Estado, que circula nesta quarta-feira (11), divulgou as compras de R$ 70.865 mil em pistolas e R$ 499.848 mil em munições, sem o processo de licitação, pela Secretaria de Segurança Pública, conforme autoriza o secretário Mauro Zaque.
A assessoria do secretário argumentou que a necessidade da Secretaria era adquirir armamento específico que apenas as empresas escolhidas fornecem no país, portanto a aquisição não poderia ocorrer conforme resultado de concorrência de preços.
A Sesp informa que a necessidade da Secretaria era adquirir armamento específico que apenas as empresas escolhidas, ‘Companhia Brasileira de Cartuchos’ e a ‘Forjas Taurus AS’, fornecem no país e, por isso, não poderiam fazer as compras através do resultado de uma concorrência de preços.
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Conforme a publicação o 'arsenal' vai equipar os policiais militares do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), o valor das aquisições é compatível ao que ao que o secretário Mauro Zaque, anunciou que gastaria usando o dinheiro arrecadado com o leilões de bens que pertenciam à quadrilhas, que os obtinham a fim de 'lavar dinheiro'.
Mauro Zaque, anunciou que usaria o dinheiro arrecadado pelo Estado com o leilões de bens que pertenciam à quadrilhas, que os obtinham para 'lavar dinheiro'
ARMAMENTO
A Companhia Brasileira de Cartuchos irá fornecer munições calibres 5.56 e ponto 40, por R$ 499.848,00. Já a Forjas Taurus AS vai equipar os militares com pistolas, calibre ponto 40, modelo PT840P e carregadores para pistola PT100, no valor R$ 70.865,00.
OS LEILÕES
O último leilão realizado pela Sesp foi da fazenda ‘Asa Branca’, localizada na cidade de Cáceres (240 km de Cuiabá). A propriedade com mais de 1000 hectares foi arrematada, no dia 20 de outubro deste ano, por R$ 6.705.974,40.
Já os R$ 3 milhões arrecadados no dia 10 de junho deste ano, com a venda de 1,603 cabeças de gado a Sesp usou para comprar 1.200 pistolas para as Polícias Civil e Militar e outras 50 metralhadoras e 40 fuzis modelo HK.
TESTANDO FRONTEIRA
Na noite do dia 12 de outubro, o jornalista da TV Centro América, afiliada da Globo no estado, Alex Barbosa, foi detido junto com outros três funcionários da emissora realizando uma reportagem que simulava tráfico de cocaína, na BR – 070, região de Cáceres. A reportagem tinha o intuito de mostrar a fragilidade do combate ao tráfico de drogas, na fronteira de Mato Grosso. Eles estavam com 240 quilos de pó de gesso, embalados como se fossem pacotes com cocaína.
Detidos por militares do Gefron, eles foram levados à Polícia Federal de Cáceres, onde foi constato a substância ‘suspeita’. Eles foram liberados no dia seguinte, porém os produtos e os dois veículos, onde a equipe estava, acabaram apreendidos. Cerca de duas semanas depois, Alex foi demitido.
Divulgação
Jornalista e três funcionários foram presos pelo Gefron na noite do dia 12 de outubro.
