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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

05 de Dezembro de 2018, 20h:30 - A | A

POLÍCIA / MÁFIA DO DETRAN

Servidores usaram dinheiro da venda de CNHs para comprar Hilux e S10

Vinte servidores e 15 colaboradores e donos de autoescolas foram presos na Operação "Mão Dupla", da Polícia Civil.

DA REDAÇÃO



A Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) prendeu, na manhã desta quarta-feira (05), 20 servidores do Estado e 15 colaboradores, que são instrutores e donos de autoescolas, que participavam de um esquema de compra e venda de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) operado de dentro do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran). Os envolvidos no esquema usavam a propina para comprar carros.

Os acusados são investigados na Operação “Mão Dupla” e serão indiciados por crimes de corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos no sistema Detrannet e organização criminosa.

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Durante a ação, os investigadores apreenderam vasta documentação nos endereços dos acusados, além de três veículos (Hilux, S10 e Sandero), supostamente comprados com dinheiro ilícito da venda de CNH's.

"A Delegacia orienta as pessoas que adquiriram carteira de habilitação de maneira criminosa e, que voluntariamente contribua com informações na investigação, procurem a Polícia Civil, pois nesses casos não poderão ser presas em flagrante", disse o delegado.

Apesar da dimensão da operação, nenhum mandado judicial foi cumprido na sede do Detran ou em Ciretran's do interior e nem para autoescolas. Os documentos, como processos para obtenção de CNH, serão analisados e submetidos à perícia.

Dois veículos, uma Hilux e um Sandero apreendidos estavam na casa de um examinador em Várzea Grande e a Hilux foi apreendida no endereço de outro examinador, em Cuiabá.

O coordenador da operação, delegado Sylvio do Vale Ferreira Junior, informou que após a veiculação da operação pessoas que adquiriram CNH de forma ilícita já procuraram a Polícia Civil de forma voluntariamente.

"A Delegacia orienta as pessoas que adquiriram carteira de habilitação de maneira criminosa e, que voluntariamente contribua com informações na investigação, procurem a Polícia Civil, pois nesses casos não poderão ser presas em flagrante", disse o delegado. 

As investigações do inquérito policial 210/2017 iniciaram com informações repassadas pela Coordenadoria de Fiscalização de Credenciados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), e denúncias que chegaram à Especializada, sobre a venda ilícita de carteira de motorista.

A organização criminosa operava no agenciamento de candidatos que não detém capacidade técnica, para serem aprovados nos exames práticos e teóricos de direção veicular. Eles eram cooptados a fazer o pagamento da CNH, sem necessidade de realizar os testes, apenas assinavam as listas de presença e os laudos de provas. Após iam embora sem realizá-los. 

A operação mobilizou 180 policiais civis (delegados, investigadores e escrivães) para o cumprimento de 60 ordens judiciais, sendo 25 mandados de prisão preventiva e 35 buscas e apreensões nas cidades de Cuiabá (13 presos), Várzea Grande (4 presos), São Félix do Araguaia (3 presos), Chapada dos Guimarães (1 preso), Campo Verde (2 buscas), Tangará da Serra (1 preso), Juína (1 preso) e Rondonópolis (2 presos). Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

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