RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
A servidora Marta Alves Martins, de 40 anos, encontrada morta com uma faca cravada no pescoço na manhã desta segunda-feira (5), pediu proteção à polícia dois meses antes do crime, após ser ameaçada e agredida pelo ex-marido, Ilse Tomé, 48 anos.
O crime aconteceu no Residencial Delta, em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).
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Ao procurar a delegacia, Marta contou que dormia há dois dias no quarto de visitas depois de intensa discussão com o marido, que era caminhoneiro.
A vítima revelou aos policiais que tinha medo do ex e que preferia dormir no quarto de visitas porque tinha chaves e, com isso, se sentia segura, porque Ilse já tinha a agredido várias vezes. O relacionamento do casal durou 25 anos.
Porém, no dia 30 de agosto, o ex-marido invadiu o quarto de visitas e tentou asfixiá-la com um pano. A violência foi tão grande que a mulher ficou com hematomas no rosto.
Marta destacou que não esboçou reação e concordou com tudo que ele pedia, por temer ser assassinada. Ela esperou o caminhoneiro viajar para o Maranhão para registrar o boletim de ocorrência que pediu medidas protetivas.
Na mesma data, Marta realizou o exame de corpo de delito e, na Justiça, conseguiu proteção.
Na decisão judicial, Ilse ficou proibido de: Se aproximar da servidora no limite mínimo de 500 (quinhentos) metros, manter contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação. Ele também foi afastado da casa, sendo proibido de se aproximar do imóvel.
Não adiantou. Passados exatamente 38 dias da denúncia, o corpo de Marta foi encontrado sobre a cama, com uma faca cravada no pescoço. O carro dela havia sumido do local e o marido é, até então, o principal suspeito de ter cometido o crime.
Cerca de 3 horas após a localização do corpo da vítima, o carro dela também foi encontrado há 7 km do Centro de Sinop, em uma região rural.
O corpo de Ilse Tomé foi localizado pendurado pelo pescoço em uma árvore.
A principal suspeita é de que ele tenha cometido suicídio após assassinar Marta.
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