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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
08 de Maio de 2024

20 de Junho de 2015, 19h:50 - A | A

POLÍCIA / VÍTIMAS "VACILANDO"

Roubo de smartphones virou 'uma praga' em Cuiabá, diz comandante da PM

Somente na região do Grande CPA, cerca de seis celulares são roubados ou furtados por dia.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



O roubo de celulares smartphon

"Também em decorrência da popularização dos smartphones e das pessoas andarem com eles na rua, o que criou uma circunstância de atração do criminoso”, explica o comandante.

es é um fenômeno no Brasil e que virou uma 'praga' em Cuiabá.

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“Estamos vendo este fenômeno no Brasil todo, do roubo do smartphone, isso virou uma praga em Cuiabá”, afirma o tenente coronel da Polícia Militar, Manoel Bugalho, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, que atende a Grande CPA, uma das maiores áreas da capital mato-grossense.

Segundo ele, somente nesta região, cerca de seis smartphones são roubados ou furtados por dia.

“O número de roubos aumentou em todo o Brasil e aqui em Cuiabá não é diferente, até em decorrência da popularização dos smartphones e das pessoas andarem com eles na rua, o que criou uma circunstância de atração do criminoso”, explica o comandante.

Uma coisa que atrai nos smartphones, conforme a PM, é que é fácil de desbloquear os aparelhos. “Mesmo bloqueando o celular, a bandidagem vai conseguir fazer esse desbloqueio. Então o fluxo desse produto de crime ganhou uma dimensão que as próprias telefônicas não conseguem barrar”, comenta o tenente-coronel.

“Mesmo bloqueando o celular, a bandidagem vai conseguir fazer esse desbloqueio. Então o fluxo desse produto de crime ganhou uma dimensão que as próprias telefônicas não conseguem barrar”

A PM afirma que o perfil do assaltante é assim: maioria homem, na faixa etária de 16 a 24 anos.

Já as vítimas preferenciais são mulheres, adolescentes e crianças, que ganham celular precocemente e levam para escola.

COMO EVITAR O ASSALTO?

O primeiro cuidado a ser tomado é não ficar manuseando telefone em via pública, em ponto de ônibus e nem mesmo dentro de estabelecimentos comerciais. Não ficar ouvindo música com fone no ouvido,  porque denuncia que dentro da bolsa tem um smartphone.

Outra orientação da PM é quando terminar a aula na escola sair em grupo de estudantes e não andar isoladamente.

O comandante Manoel Bugalho afirma que as pessoas, de modo geral, deixam muito o celular a vista. “Você começa a observar nos pontos de ônibus, nas ruas, as pessoas não prestam nem mais atenção no trânsito. É andando e teclando”, diz o comandante.

Segundo o comandante, nesse cenário, os ladrões nem precisam estar armados, para serem bem sucedidos.  “A gente estima que 60% desses roubos de rua não têm arma de fogo, é ameaça, às vezes arma branca, como faca, estilete, chave de fenda ou qualquer objeto perfuro-cortante, ou simulacro. Ou às vezes é só no grito mesmo de assalto. E a pessoa enquanto vítima não pode 'pagar para ve'r, tem que entregar, porque de repente entra em uma situação de resistir, por um objeto relativamente barato, e perde a vida, que não tem preço”, observa.

DIFÍCIL ENCONTRAR

As pessoas devem usar software de rastreamento, tendo sempre a senha a disposição, porque muitas vezes ligam no 190, registram a ocorrência, mas não ligam o GPS e esquecem a senha

A PM vê dificuldade em ir atrás de celulares, porque geralmente são roubados de 'vítimas fáceis', em ambientes escuros e a fuga se dá rapidamente quase sempre de moto.

“O problema de rastrear o celular roubado é que é fácil para o criminoso fazer a abordagem das vítimas, porque ele aproveita da fragilidade delas na rua, e, para a mobilidade na fuga, geralmente usam motocicleta”, destaca o comandante.

De acordo com ele, as pessoas devem usar software de rastreamento, tendo sempre a senha a disposição, porque muitas vezes ligam no 190, registram a ocorrência, mas não ligam o GPS e esquecem a senha, o que dificulta o trabalho da Polícia.

O comandante estima que deve haver uma rede de receptação de smartphones e acha bastante óbvio que tenha porque causa do fluxo desse produto roubado e do interesse das pessoas.

Ele, no entanto, atribui responsabilidade quanto a isso também para às pessoas que compram aparelhos de segunda mão, sem querer nem saber a procedência dele.

“Se você a pessoa comprar por R$ 500 reais um celular que custa E$ 1 mil no mercado, vai saber que alguma coisa tem nesse celular que não está certo. Então para não fomentar o mercado, as pessoas não devem fazer manutenção e nem comprar produtos que não tenham procedência, para evitar de dar sustentabilidade para esse fluxo de roubo desses equipamentos “.

 

 

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