KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
O roubo de celulares smartphon
"Também em decorrência da popularização dos smartphones e das pessoas andarem com eles na rua, o que criou uma circunstância de atração do criminoso”, explica o comandante.
es é um fenômeno no Brasil e que virou uma 'praga' em Cuiabá.
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“Estamos vendo este fenômeno no Brasil todo, do roubo do smartphone, isso virou uma praga em Cuiabá”, afirma o tenente coronel da Polícia Militar, Manoel Bugalho, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, que atende a Grande CPA, uma das maiores áreas da capital mato-grossense.
Segundo ele, somente nesta região, cerca de seis smartphones são roubados ou furtados por dia.
“O número de roubos aumentou em todo o Brasil e aqui em Cuiabá não é diferente, até em decorrência da popularização dos smartphones e das pessoas andarem com eles na rua, o que criou uma circunstância de atração do criminoso”, explica o comandante.
Uma coisa que atrai nos smartphones, conforme a PM, é que é fácil de desbloquear os aparelhos. “Mesmo bloqueando o celular, a bandidagem vai conseguir fazer esse desbloqueio. Então o fluxo desse produto de crime ganhou uma dimensão que as próprias telefônicas não conseguem barrar”, comenta o tenente-coronel.
“Mesmo bloqueando o celular, a bandidagem vai conseguir fazer esse desbloqueio. Então o fluxo desse produto de crime ganhou uma dimensão que as próprias telefônicas não conseguem barrar”
A PM afirma que o perfil do assaltante é assim: maioria homem, na faixa etária de 16 a 24 anos.
Já as vítimas preferenciais são mulheres, adolescentes e crianças, que ganham celular precocemente e levam para escola.
COMO EVITAR O ASSALTO?
O primeiro cuidado a ser tomado é não ficar manuseando telefone em via pública, em ponto de ônibus e nem mesmo dentro de estabelecimentos comerciais. Não ficar ouvindo música com fone no ouvido, porque denuncia que dentro da bolsa tem um smartphone.
Outra orientação da PM é quando terminar a aula na escola sair em grupo de estudantes e não andar isoladamente.
O comandante Manoel Bugalho afirma que as pessoas, de modo geral, deixam muito o celular a vista. “Você começa a observar nos pontos de ônibus, nas ruas, as pessoas não prestam nem mais atenção no trânsito. É andando e teclando”, diz o comandante.
Segundo o comandante, nesse cenário, os ladrões nem precisam estar armados, para serem bem sucedidos. “A gente estima que 60% desses roubos de rua não têm arma de fogo, é ameaça, às vezes arma branca, como faca, estilete, chave de fenda ou qualquer objeto perfuro-cortante, ou simulacro. Ou às vezes é só no grito mesmo de assalto. E a pessoa enquanto vítima não pode 'pagar para ve'r, tem que entregar, porque de repente entra em uma situação de resistir, por um objeto relativamente barato, e perde a vida, que não tem preço”, observa.
DIFÍCIL ENCONTRAR
As pessoas devem usar software de rastreamento, tendo sempre a senha a disposição, porque muitas vezes ligam no 190, registram a ocorrência, mas não ligam o GPS e esquecem a senha
A PM vê dificuldade em ir atrás de celulares, porque geralmente são roubados de 'vítimas fáceis', em ambientes escuros e a fuga se dá rapidamente quase sempre de moto.
“O problema de rastrear o celular roubado é que é fácil para o criminoso fazer a abordagem das vítimas, porque ele aproveita da fragilidade delas na rua, e, para a mobilidade na fuga, geralmente usam motocicleta”, destaca o comandante.
De acordo com ele, as pessoas devem usar software de rastreamento, tendo sempre a senha a disposição, porque muitas vezes ligam no 190, registram a ocorrência, mas não ligam o GPS e esquecem a senha, o que dificulta o trabalho da Polícia.
O comandante estima que deve haver uma rede de receptação de smartphones e acha bastante óbvio que tenha porque causa do fluxo desse produto roubado e do interesse das pessoas.
Ele, no entanto, atribui responsabilidade quanto a isso também para às pessoas que compram aparelhos de segunda mão, sem querer nem saber a procedência dele.
“Se você a pessoa comprar por R$ 500 reais um celular que custa E$ 1 mil no mercado, vai saber que alguma coisa tem nesse celular que não está certo. Então para não fomentar o mercado, as pessoas não devem fazer manutenção e nem comprar produtos que não tenham procedência, para evitar de dar sustentabilidade para esse fluxo de roubo desses equipamentos “.