RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
A Polícia Militar de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) prendeu uma quadrilha de estelionatários que sacando dinheiro em um caixa eletrônico do Banco do Brasil, no Centro da cidade, na tarde de terça-feira (20). O dinheiro era proveniente do golpe do falso médico, aplicado por um preso penitenciária Major Eldo de Sá (Mata Grande), contra uma vítima do Rio de Janeiro, que foi induzida a realizar depósitos pensando que seriam destinados ao tratamento de um familiar.
O golpe do falso médico foi descoberto após funcionários da agência bancária desconfiarem de Luiz Henrique Kriger Cavalcante, 18 anos, que realizava saques na agência. De acordo com o boletim de ocorrência, ele conseguiu sacar a quantia de R$ 4 mil em terminais de autoatendimento e, quando tentou sacar mais dinheiro nos caixas do interior da agência, o dinheiro já estava bloqueado e os funcionários acionaram a polícia.
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Durante o monitoramento dos policiais, foi verificado que Luiz passou o dinheiro para Adna Larissa Augusta Menezes, 20 anos. A dupla confessou que estava agindo a mando do detendo Wellington Bittencourt Jacinto, 27 anos, que, de dentro da cadeia, disse que a maior parte do dinheiro seria repassado para Sandra Regina da costa, 43 anos.
Conforme investigações da Delegacia de Roubos de Furtos (Derf-ROO), a ordem do presidiário era de que Sandra repassasse o dinheiro para membros do Comando Vermelho, pois o dinheiro do golpe seria da facção criminosa.
Sandra não foi localizada pela polícia. O detendo foi conduzido para a delegacia juntamente com seu caderno de anotações, onde havia números de telefones de pessoas que possivelmente caíriam no golpe. O celular usado no crime não foi localizado.
Adna, Luiz e Wellington devem responder pelo crime de estelionato.
MT comanda golpes direto de penitenciária
Em fevereiro, nove presidiários de Mato Grosso foram identificados como integrantes de uma quadrilha que age aplicando golpes por telefone em todo o Brasil. Eles se passam por médicos e procuradores para enganar familiares de pacientes e Prefeituras para conseguir depósitos bancários. As ações criminosas foram destaque do programa Fantático, na Rede Globo.
A reportagem aponta que Welber Jackon da Silva como o principal acusado dos golpes. Ele fingir ser procurador do Ministério Público Federal e estava detido no Presídio da Mata Grande, em Rondonópolis. Recente ele conseguiu progredir para o regime semiaberto, mas quebrou a tornozeleira eletrônica e é considerado foragido.
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