DA REDAÇÃO
Uma advogada e um doleiro, que não tiveram os nomes revelados, foram presos na manhã desta quinta-feira (29) em uma operação da Polícia Federal. Além deles, agentes da PF também apreenderam 220kg de cocaína, R$ 500 mil, 4kg de barras de ouro e uma arma.
Ao RepórterMT, o delegado Marco Aurélio Faveri, revelou que o doleiro trabalhava no entorno da Praça Popular, na Capital. "Ele (doleiro) era responsável por pagar os traficantes da Bolívia. Levando o dinheiro de vários modos", destacou.
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Já a advogada usava seus conhecimentos jurídicos para ajudar os criminosos na falsificação de documentos. O delegado destacou que em uma das ocasiões a acusada repassava informações previlegiadas aos criminosos, como placas de viaturas descaracterizadas da Polícia. "Ela excedia seu papel de defensora dos criminosos e quando entrava nos órgãos policiais observava todos as viaturas usadas reservadamentes
A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados, além do sequestro de bens. O nome da operação se deve a postura dos investigados, com ostentação
para depois, repassar os modelos a quadrilha", explicou.
OPERAÇÃO SOBERBA
A Superintendência de Polícia Federal em Mato Grosso deflagra hoje (29), a "Operação Soberba" que visa desarticular uma organização criminosa voltada à prática do tráfico internacional de cocaína. As investigações se iniciaram há aproximadamente um ano. Os investigados estavam baseados em Cuiabá e Várzea Grande.
Pelo que apurou, a droga era obtida na Bolívia junto a intermediadores atuantes na faixa de fronteira. A droga tinha como principal destino o estado de Minas Gerais com ramificações em Portugal e Espanha.
A quadrilha era financiada por um doleiro estabelecido em Cuiabá que movimentava o dinheiro necessário para o funcionamento do negócio utilizando empresas de turismo de fachada em São Paulo/SP.
No decorrer da investigação foram lavrados cinco autos de prisão em flagrante. No total foram apreendidos 218 kg (duzentos e dezoito quilos) de pasta base de cocaína, além de 1 kg (um quilograma) de cloridrato de cocaína, U$ 195.000,00 (cento e noventa e cinco mil dólares), R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais), além de diversos veículos.
A organização criminosa contava ainda com o suporte de uma advogada que atuava como informante do tráfico catalogando placas de viaturas utilizadas na repressão ao crime, além de ter pleiteado a devolução de veículo utilizado para o transporte de cocaína mediante a apresentação de documento de compra e venda forjada, com data retroativa ao transporte.
Na ação de hoje serão cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 02 mandados de prisão temporária, 13 mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande, Mirassol Doeste, Barão dos Cocais (MG), Inhapim (MG), Coronel Fabriciano (MG), Governador Valares (MG), São Paulo (SP) e Guarulhos (SP).
A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados, além do sequestro de bens. O nome da operação se deve a postura dos investigados, com ostentação perante a sociedade e crença na impunidade.