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Cuiabá, 01 de Maio de 2024
01 de Maio de 2024

27 de Maio de 2015, 09h:30 - A | A

POLÍCIA / TRAFICANTES INTERNACIONAIS

Pais biológicos que sequestraram menina em Cuiabá são presos na Itália

Segundo o site Correiere Del Veneteo, os policiais prenderam o casal mediante a um mandado de captura internacional, emitido pela Justiça brasileira.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



Sites de notícias italianos noticiam a prisão de Pablo Milano Escarfulleri, de 48 anos e Elida Isabel Feliz, de 37 anos. Os dois são pais biológicos da criança Ida Veronica Feliz, de 10 anos, que foi sequestrada da família adotiva, em abril de 2013.

Os policiais italianos prenderam o casal, na última sexta-feira (22), mediante a um mandado de captura internacional, emitido pela Justiça brasileira.

De acordo com o site Corriere Del Veneteo, os policiais italianos prenderam o casal, na última sexta-feira (22), mediante a um mandado de captura internacional, emitido pela Justiça brasileira.

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No entanto, não se sabe ao certo se a ordem judicial é em razão do sequestro da menina ou do crime de tráfico de drogas cometido por Pablo. A época o homem chegou de ficar preso, em um presídio de Cuiabá.

No mês de janeiro deste ano, Ida foi localizada pela Interpol (Polícia Internacional) na cidade de Cassola, na Itália.

Em uma entrevista ao RepórterMT, o delegado Flávio Estringuetta, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), destacou que é difícil a menina ser extraditada do país, já que tem nacionalidade italiana e dominicana.

il giornale di vicenza

ida veronica

Site Italiano divulgou foto da família de Pablo; ele aparece abraçando a filha Ida Verônica e Elida com o segundo filho do casal.

il giornale di vicenza

ida veronica

O site Italiano divulgou uma foto mais recente onde aparece Ida Verônica com o pai e os irmãos.

 

O SEQUESTRO

A menina foi sequestrada por dois homens na casa da família adotiva, localizada no bairro Porto, na Capital.

A irmã adotiva, Daniele Siqueira, disse que dois homens pediram informações sobre a venda de um terreno ‘vizinho’. Em seguida, sacaram armas e anunciaram o sequestro.

Á época, o GCCO investigou o caso. No entanto, meses depois, após os policiais conseguirem uma foto da menina junto a Isabel, em um local que foi identificado como o Caribe, a Justiça determinou o término das buscas a menina.  

Reprodução

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Retrato falado com os dois homens que renderam a família adotiva e sequestraram a menina.

O CASO

Em entrevista ao RepórterMT, dona Tárcilia explicou que a filha Daniele conheceu Ida, quando ela tinha apenas três anos de vida. Segundo a mãe adotiva, a filha presenciava os maus tratos da mãe biológica à criança constantemente. Com isso pediu para mulher que deixasse criar Ida.

“Muitas vezes a Elida Isabel Feliz (dominiquenha) a largava dentro do quarto do hotel, com apenas três meses de vida, no carrinho de bebê"

“Muitas vezes a Elida Isabel Feliz (dominiquenha) a largava dentro do quarto do hotel, com apenas três meses de vida, no carrinho de bebê. Minha filha a alertou que não podia deixar a criança sozinha, mas isso não surtiu efeito. Um dia ela disse para a gente que não se importava se levássemos a criança. Por isso, passávamos a criá-la”, disse.

Tarcilia contou que a mãe biológica de Ida desaparecia constantemente, já havia passado três meses sem dar notícias e quando voltou a procurar a filha, o  pai biológico da menina,o italiano Pablo Milano Escarfullerida, já estava preso por tráfico de drogas. 

Quando Ida tinha quase três anos de vida, uma mulher que se dizia amiga da mãe biológica, identificada como Eliane, começou a ligar para Tarcilia, dizendo que queria conhecer a menina. Após insistir nas ligações a mãe adotiva aceitou o encontro, mas pediu que um advogado acompanhasse. 

Ao chegar no Aeroporto Marechal Rondon, local onde o encontro foi marcado,  Eliane apresentou uma carta, que dizia ser de Isabel. Na carta a mãe biológica da menina autorizaria Eliane criar a criança. Rapidamente, Tarcilia mandou buscar na sua residência uma carta antiga, que Isabel havia mandado. Ao comparar a letra das duas cartas, foi constatado que o documento era falso. 

 

 “Na discussão o juiz que estava de plantão no aeroporto determinou que Ida fosse para o Lar da Criança (entidade mantida pelo governo do estado). Só depois de meses de sofrimento que conseguimos a guarda provisória dela”, completa Tarcilia.

RepórterMT

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Mãe adotiva de Ida se emociona ao dar entrevista

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