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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

14 de Março de 2018, 17h:40 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO 10º MANDAMENTO

Mulheres autorizavam ‘punição’ a inimigos de facção em MT

As ações da facção Comando Vermelho foram desarticuladas na manhã desta quarta-feira (14), após operação da Polícia Civil em Mato Grosso.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



Emmylee Souza da Silva, a princesinha e Carla Eduarda dos Santos, a Duda, faziam parte do ‘Conselho de Disciplina’ e eram responsáveis por dar a palavra final do conhecido ‘salve’, no interior do Estado. Salve é a punição, surra, tortura e até execução de inimigos que descumpriam normas estipuladas pela Facção Comando Vermelho.

A facção foi desarticulada em Mato Grosso, na manhã desta quarta-feira (14), após a Polícia Civil deflagrar a Operação 10° Mandamento. Foram cumpridas 51 ordens judiciais (38 mandados de prisão e 13 buscas e apreensões), expedidas pela 7ª Vara do Crime Organizado de Cuiabá. A ação aconteceu em três estados brasileiros: Mato Grosso, Goiás e Paraná.

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De acordo com a Polícia Civil, o bando era coordenado por Ronildo Silva Rios, o Snype, detido Penitenciária Federal de Catanduvas, no Estado do Paraná.

PJC

operação 10° mandamento

Organograma de membros da fação que agia em Mato Grosso.

Ronildo contava com apoio de Aldemir de Assis Campos, o Japa – autoridade máxima no conselho de disciplina. Gilson Rodrigues dos Santos, o Tião/Russo – responsável pelas finanças da facção. Wanderson Pinheiro de Souza, o Caju – responsável pelo setor de recrutamento de pessoal (RH).

No interior de Mato Grosso, Fábio Barbosa e Amaury Milhomen Sofrimento eram as linhas de frente da facção. Além de Duda e Princesinha.

O secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia destacou que a sociedade tem anseio por respostas rápidas, mas o compromisso da segurança é com a verdade dos fatos. “A pressão é inimiga de uma boa investigação. Todos os fatos apresentados são tratados inicialmente pelas agências de inteligência que verificam a autenticidade, veracidade e daí são realizadas as respostas necessárias, pautada na atividade de inteligência”.

O delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Fernando Vasco Spinelli, destacou o trabalho da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que de forma minuciosa identifica os indivíduos que se dizem integrantes dessas organizações criminosas, com pichações, manifestação, por meio de aplicativo de mensagens ou mídia social.

“É importante o apoio da população que denuncia ajudando identificar esses individuos, o cidadão de bem que não aceita a ocupação dessa organização em seu bairro, passa informação à polícia – nós identificamos esses indivíduos e estamos constantemente com ações contundentes reprimindo a articulação de organização criminosa no Estado”.

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