MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum” foi denunciado à delegacia de polícia 75 dias antes de fazer o procedimento estético que resultou na morte da bancária cuiabana Lilian Calixto, de 46 anos. As informações são do site Extra Online.
De acordo com o advogado criminalista Ary Bergher, que foi ouvido pela reportagem, se a polícia tivesse investigado a denúncia, a morte da cuiabana poderia ter sido evitada.
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O advogado detalhou que mesmo com informações robustas que poderiam indicar o crime, como, por exemplo, a denúncia, detalhes da negociação, valores combinados e já pagos, local em que o atendimento seria feito, além do nome de pessoas envolvidas, o caso foi ignorado pela 16ª Delegacia de Polícia Civil do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Bergjher acrescenta ainda que uma simples consulta na internet com o nome do médico, que está foragido, mostraria que ele sequer tinha autorização do Conselho Regional de Medicina para exercer a profissão no Rio de Janeiro. Diversos vídeos publicados pelo "Doutor Bumbum" nas redes sociais também indicam procedimentos suspeitos.
A mulher – que não teve a identidade revelada – registrou um boletim de ocorrência relatando que pagou R$ 21 mil para fazer preenchimento dos glúteos com o médico.
Ela se surpreendeu ao saber que a intervenção plástica não seria realizada em uma clínica, mas sim no apartamento de Denis, na Barra da Tijuca.
A mulher então pediu o dinheiro de volta, mas o médico se negou a devolver. Dessa forma, ela registrou o boletim de ocorrência de forma imediata, no dia 1º de maio deste ano.
O caso acabou sendo arquivado pela polícia.
Morte de cuiabana
O corpo da bancária Lilian foi velado nesta terça-feira (17), na Capela Jardins, em Cuiabá e enterrado nesta quarta (18), no Cemitério Bom Jesus.
Ela passou pelo procedimento no sábado (14) e horas depois começou a se sentir mal.
Denis a levou para atendimento em um hospital. A bancária morreu após sofrer embolia pulmonar.
O médico está sendo acusado de negligência e homicídio doloso, por assumir risco de matar.
Ele, que continua foragido, teria cobrado R$ 20 mil para realizar o procedimento estético.
Conforme a delegada do Rio de Janeiro, Adriana Belém, Denis contou com a ajuda da mãe, que é médica e teve o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) cassado anteriormente, Maria de Fátima Furtado, além da empregada doméstica, Rosilane Pereira da Silva, de 24 anos, e da namorada e secretária, Renata Fernandes.
Rosilane e Renata foram indiciadas por homicídio qualificado e associação criminosa.
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