RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Três casos de estupro de vulnerável são registrados diariamente em Mato Grosso. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) apontam que 824 crimes dessa natureza foram denunciados à Polícia Civil no Estado, de janeiro a novembro de 2017.
A média de ocorrências se manteve ao longo de todo o ano. Até julho, por exemplo, 620 casos foram sido registrados. O número é 6% superior ao mesmo período de 2016, quando 590 denúncias foram feitas à polícia.
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Conforme o Código Penal, é caracterizado estupro de vulnerável quando há relação sexual com menores de 14 anos, mas também com aqueles que, por diversos fatores, não conseguem decidir ou se defender do ato sexual, como por enfermidade ou deficiência mental.
Conforme apurou a reportagem, os agressores, na maioria dos casos, são íntimos das vítimas e das famílias das crianças – que também são as maiores vítimas.
Casos que chocaram
Apesar das centenas de casos registrados em 2017, alguns chocaram devido à forma de execução dos crimes e pela proximidade que os agressores tinham com as vítimas.
Um dos presos foi um professor da rede municipal que foi preso em um ‘encontro’ com um aluno de apenas 12 anos. Na delegacia, ele confessou sentir atração por garotos.
O professor aliciava os garotos por meio de grupos de WhatsApp, mandando fotos e vídeos pornográficos. Mães de outras vítimas procuraram a polícia para denunciar o fato, relatando que o pedófilo praticava sexo oral nos garotos. O caso aconteceu em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).
Pai estuprador
Em fevereiro, Rogério Teixeira de Goes, 41 anos, foi preso após abusar sexualmente da filha, de apenas sete anos de idade. Os abusos aconteceram na cidade de Jaciara (144 km ao Sul de Cuiabá).
A criança sofria os abusos quando ficava na casa do pai, já que ele é divorciado da mãe da vítima. Conforme as investigações e relatos da vítima à Polícia Civil, Rogério ingeria bebidas alcoólicas e dormia nu ao lado da menina.
Como denunciar
A orientação para quem tenha conhecimento sobre algum tipo de abuso é procurar pessoalmente qualquer unidade da Polícia Civil e registrar um boletim de ocorrência.
Caso o denunciante não se sinta à vontade e queira preservar sua identidade, as denúncias podem ser feitas de maneira anônima pelos números 197 e 190 ou através da delegacia virtual.
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