MÁRIO ANDREAZZA
DA REDAÇÃO
Mato Grosso registrou apenas no primeiro trimestre desse ano 342 casos de estupro praticados contra menores de idade. Só a Capital obteve 52 registros desse tipo de crime.
A maior parte dos registros, ocorre dentro da própria casa e os agressores são pessoas do convívio diário, entre eles, os próprios pais, padrastos, tios e avôs ou outras pessoas da família.
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Neste ano um dos casos que mais chocou a população em Mato Grosso ocorreu em abril, quando Cleiton da Paixão Guimarães, 39 anos, confessou, em Cuiabá, ter estuprado e engravidado a própria filha de 11 anos. Ele também assumiu ter dado abortivo para a menina no quinto mês de gestação dela e jogado o feto em um rio.
À Polícia Civil ele relatou que os estupros começaram quando a menina tinha cerca de nove anos.
Outro caso de grande repercussão ocorreu em março, quando um casal foi preso por estuprar a filha adotiva de 14 anos, por mais de oito anos. Os pais adotivos ainda filmavam os estupros, como uma espécie de filme pornográfico. Segundo o inquérito, os abusos foram descobertos após a garota apresentar comportamento estranho na escola. Ela parecia com os pulsos cortados e sempre aparentava tristeza.
Também em março, um pai denunciou à Polícia Civil em Várzea Grande que o padrasto de sua filha de oito anos havia estuprado a menina que é portadora de deficiência física.
Em fevereiro, um homem de 47 anos foi preso por estuprar a neta de apenas sete anos de idade. A criança chegou a ficar internada devido aos ferimentos. O acusado negou os fatos e depois foi liberado da cadeia.
A psicóloga Márcia Venturini alerta que o trauma do estupro afeta tando as crianças como a família que muitas vezes deixa de denunciar os crimes.
“A família muitas vezes, quando descobre, acaba não denunciando, mas com sentimento de culpa, por motivos como: “eu vou ser julgado”, como eu não olhei”, “vão dizer que eu não cuidei do meu filho”, comenta a psicóloga.
Segundo ela, os sinais que da criança abusada podem ser sutis.
“É muito duro isso. Nem sempre dá para observar os sinais. Algumas crianças começam a ir mal na escola, se isolam, aparentam estar mais tristes. O que pode acontecer é da criança se abrir primeiro, mas bastante tempo depois de estar sofrendo, para uma melhor amiga. Nunca se abrem no início do assédio”.
Como Denunciar:
Disk 100
Denúncias de violação de direitos de crianças ou adolescentes, especialmente em casos de abuso ou exploração sexual. A denúncia é anônima e o serviço gratuito.
Disque denúncia PM de Mato Grosso - 0800 653939
O serviço é disponibilizado, 24 horas por dia, para que o cidadão faça denúncia de todo tipo de crime de forma gratuita e completamente anônima
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