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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

22 de Abril de 2019, 09h:00 - A | A

POLÍCIA / TORTURARAM MENINO DE 5 ANOS

Juiz manda isolar pai e madrasta para não serem mortos em prisão

O garoto tinha o pênis amarrado como punição por urinar na roupa, não se alimentava e era constantemente espancado.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



O juiz Geraldo Fidélis, da Vara de Execuções Penais, ordenou que Alexandre Max Nunes da Silva e Mariluce Castro de Oliveira, presos por torturar um menino de cinco anos em Cuiabá, fiquem em celas especiais, para que não sejam agredidos ou mortos, devido à repercussão do caso, que causou revolta.

O casal, pai e madrasta do menino, foi preso na segunda-feira (15), no bairro Pedra 90, em Cuiabá. As investigações são da Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).

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Nas sessões de tortura, o menino tinha o pênis amarrado com elástico como punição por urinar na roupa. O órgão genital estava “em carne viva”, conforme a Polícia Civil. Ele também tinha marcas de queimadura de cigarro, além de várias lesões pelo corpo.

Ainda segundo as investigações, o pai batia com socos na criança e a madrasta com um pedaço de madeira. As denúncias foram feitas por uma testemunha anônima, que acionou o Conselho Tutelar, que fez o caso chegar até o conhecimento da Polícia Civil.

“Encaminhe-se o autuado para o CRC (Centro de Ressocialização de Cuiabá), devendo o mesmo permanecer em local seguro, em face das peculiaridades do suposto crime perpatrado”, destacou o juiz, ao converter a prisão do pai de flagrante para preventiva.

A decisão, com a ressalva, também foi feita em relação à madrasta da criança.

Ao serem presos e encaminhados para prestar depoimento, os dois confessaram os crimes. Quando os investigadores chegaram na casa, encontraram a criança debilitada, pois não se alimentava direito. O menino mal conseguia ficar em pé e precisou ser encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa).

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