RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O juiz Geraldo Fidélis, da Vara de Execuções Penais, ordenou que Alexandre Max Nunes da Silva e Mariluce Castro de Oliveira, presos por torturar um menino de cinco anos em Cuiabá, fiquem em celas especiais, para que não sejam agredidos ou mortos, devido à repercussão do caso, que causou revolta.
O casal, pai e madrasta do menino, foi preso na segunda-feira (15), no bairro Pedra 90, em Cuiabá. As investigações são da Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).
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Nas sessões de tortura, o menino tinha o pênis amarrado com elástico como punição por urinar na roupa. O órgão genital estava “em carne viva”, conforme a Polícia Civil. Ele também tinha marcas de queimadura de cigarro, além de várias lesões pelo corpo.
Ainda segundo as investigações, o pai batia com socos na criança e a madrasta com um pedaço de madeira. As denúncias foram feitas por uma testemunha anônima, que acionou o Conselho Tutelar, que fez o caso chegar até o conhecimento da Polícia Civil.
“Encaminhe-se o autuado para o CRC (Centro de Ressocialização de Cuiabá), devendo o mesmo permanecer em local seguro, em face das peculiaridades do suposto crime perpatrado”, destacou o juiz, ao converter a prisão do pai de flagrante para preventiva.
A decisão, com a ressalva, também foi feita em relação à madrasta da criança.
Ao serem presos e encaminhados para prestar depoimento, os dois confessaram os crimes. Quando os investigadores chegaram na casa, encontraram a criança debilitada, pois não se alimentava direito. O menino mal conseguia ficar em pé e precisou ser encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa).
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