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Cuiabá, 18 de Maio de 2024
18 de Maio de 2024

20 de Agosto de 2017, 14h:14 - A | A

POLÍCIA / LIDERADA POR PRESOS

Facção lucrou R$ 1, 2 milhão com roubo de 560 carros em Cuiabá e VG

De acordo com a Polícia Civil, o grupo é responsável por 60% dos casos de roubo de veículos na região metropolitana, em 2017.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



Uma facção criminosa liderada por detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), foi responsável por crimes de roubo de no mínimo 560 veículos em Cuiabá e Várzea Grande, só em 2017. Os crimes geraram lucro de cerca de R$ 1,2 milhão.

A quadrilha foi desarticulada durante a Operação Ares Vermelho, da Polícia Civil, na ultima quinta-feira (17). Conforme as investigações, a facção seria responsável por 60% dos roubos de veículos nas duas cidades.

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“Formavam uma verdadeira empresa do mundo do crime. Havia hierarquia, cobrança de tarefas e produtividades, sempre visando a obtenção de lucros”, explicou o delegado Vitor Hugo Teixeira.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), 934 veículos foram roubados ou furtados em Cuiabá e Várzea Grande, nos sete primeiros meses deste ano.

O grupo criminoso era liderado pelos presos Luciano Mariano da Silva, conhecido por “Martelo ou Marreta”, Robson José Ferreira de Araújo, “Carcaça” (que também usa nome de Marcelo Barbosa do Nascimento), Edmar Ormeneze, “Mazinho”, e Wagner da Silva Moura, “Belo”, todos presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e integrantes de uma facção criminosa.

“Formavam uma verdadeira empresa do mundo do crime. Havia hierarquia, cobrança de tarefas e produtividades, sempre visando a obtenção de lucros”, explicou o delegado titular da Especializada, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.

Como agiam

Os crimes eram liderados pelos presos, que encomendavam veículos a comparsas fora da cadeia, que agiam como verdadeiros “soldados do crime”, executando os roubos conforme a necessidade (modelo e cor) da organização. Assim, usando carros clonados promoviam rondas pela cidade, em grupos de três a quatro bandidos com o objetivo deencontrar vítimas com veículos, de acordo com as características repassadas pelos líderes. Caso encontrassem a pessoa desatenta, embarcando ou desembarcando de seu veículo, rapidamente entravam em contato com seus “superiores” e mencionavam o que tinham à disposição. Se o comando criminoso se interessasse pelo veículo, promoviam o roubo.

Balanço da operação

A operação foi desencadeada para o cumprimento 125 ordens judiciais, sendo 51 mandados de prisão preventiva, 12 conduções coercitivas e 62 buscas e apreensão domiciliar, nos Estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Mato Grosso do Sul.  Também foram apreendidos quatro veículos, 113 tabletes de maconha, armas e munições.

Fora do Estado de Mato Grosso, a operação cumpriu cinco mandados de prisão e cinco buscas em Campo Grande, uma condução coercitiva em Novo Progresso, no Pará, cinco prisões preventivas e cinco buscas em Rondônia.

Foram efetuadas 52 prisões, sendo 46 mandados de prisão preventiva, 6 flagrantes, realizadas 62 buscas e apreensão domiciliar e 5 conduções coercitivas para interrogatórios. Também foram apreendidos 4 veículos, 113 tabletes de maconha, armas e munições.

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