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Cuiabá, 17 de Maio de 2024
17 de Maio de 2024

03 de Maio de 2024, 12h:57 - A | A

POLÍCIA / ABORDAGEM FATAL

Corregedoria instaura processo e afasta policial civil que matou idoso no Contorno Leste

Discussão sobre cerca pode ter ocasionado a morte de João Pinto, 87 anos. O caso ocorreu no dia 23 de fevereiro.

DO REPÓRTERMT



A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o investigador Jeovanio Vidal Griebel, envolvido na morte do idoso João Antônio Pinto, de 87 anos, ocorrida no mês de fevereiro deste ano, na região do Contorno Leste, em Cuiabá.

Leia mais: Discussão sobre cerca resultou em morte de idoso; família cobra punição de policiais

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O procedimento instaurado na Corregedoria-Geral imputa a Jeovanio as supostas práticas de homicídio, falsidade ideológica, improbidade administrativa, além de diversas infrações administrativas.

A Corregedoria determinou ainda o afastamento do servidor das atividades operacionais, devendo o policial atuar apenas em atividades estritamente administrativas, além do recolhimento da arma de fogo e a proibição de utilização de viatura, até a completa apuração dos fatos nas esferas administrativa e criminal.

Todas as condutas relacionadas aos fatos estão sendo apuradas, inclusive, os motivos que levaram o investigador e uma equipe policial até o local onde ocorreu a morte.

O inquérito policial instaurado na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para apuração criminal está em estágio avançado e prossegue para a fase final, aguardando apenas laudos periciais requisitados à Politec-MT, que apontarão se houve a prática de um crime ou se o homicídio foi em razão de legítima defesa.

A Corregedoria-Geral acompanha as diligências desde o registro da ocorrência e todas as demais fases da investigação criminal, que possuem ampla capacidade de coleta de provas, as quais são necessárias para compor e instruir a fase disciplinar.

Relembre o caso

De acordo a Polícia Civil, investigadores foram até a propriedade para intimar o idoso em decorrência de vários boletins registrados contra ele. Ao se aproximar da casa, João Antônio teria sacado uma arma de fogo e atirado contra a equipe. Um dos investigadores reagiu, dando início ao confronto.

Na troca de tiros, o idoso acabou baleado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. Entretanto, a família do idoso contesta a versão.

Segundo a advogada da família, Gabriela Zaque, o idoso chegou em sua residência e flagrou dois homens instalando uma cerca. A área em questão havia sido invadida em fevereiro do ano passado e a família vinha buscando uma decisão judicial para reintegração de posse.

A advogada acredita que pode ter acontecido uma discussão entre eles, mas que, em seguida, o idoso foi em direção à sede da propriedade. Depois de meia hora, três veículos da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes com seis agentes chegaram ao local.

Um dos homens que estava erguendo a cerca, identificado como Elmar Soares Inácio, telefonou para o cunhado, o policial civil Jeovanio Vidal Griebel, e disse que havia sido ameaçado de morte pelo idoso.

Os seguranças que trabalhavam na propriedade do idoso foram revistados e orientados a não informar da chegada dos veículos descaracterizados. Eles obedeceram, acreditando que se tratava de uma operação policial.

Em seguida, os policiais foram em direção ao galpão onde o idoso estava com o caseiro da propriedade. Os policiais chegaram gritando e já com a arma em punho. O caseiro obedeceu, mas João Pinto não ouviu o que eles tinham dito, pois tinha problema de audição.

A versão dos policiais é que o idoso teria sacado uma arma e os agentes de segurança teriam agido em legítima defesa, o que a advogada da família da vítima nega. João Pinto tinha autorização inclusive para circular nas ruas com armas, mas a perícia constatou que a arma que estava com ele no momento de sua morte sequer chegou a ser engatilhada.

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JOSE 03/05/2024

Se o delegado nao autorizou a intimação , é totalmente ilegal e todos que foram na propriedade deve ser punidos com o rigor da lei

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Paulo 03/05/2024

Esse policial tem que ser exonerado

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2 comentários

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