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Cuiabá, 18 de Maio de 2024
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28 de Julho de 2018, 09h:05 - A | A

PODERES / GRAMPOLÂNDIA

Cabo Gerson diz que Paulo e Pedro Taques são ‘donos’ de esquema

Gerson prestou depoimento durante mais de 6 horas na noite e na madrugada deste sábado (28) ao juiz Murilo Moura Mesquita, na 11ª Vara Militar de Cuiabá.

DA REDAÇÃO



O cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior confessou sua participação nas interceptações telefônicas ilegais e afirmou que o ex-secretário-chefe da Casa Civil e o governador Pedro Taques (PSDB) seriam os “donos” do esquema. Gerson prestou depoimento durante mais de 6 horas na noite e na madrugada deste sábado (28) ao juiz Murilo Moura Mesquita, na 11ª Vara Militar de Cuiabá.

"O dono disso aqui é o Paulo Taques e o Pedro Taques. Longe da Polícia Militar", disse o cabo. Um outro inquérito, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), apura a possível participação do chefe do Executivo.

Gerson afirmou que foi convocado pelo coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante da Polícia Militar, parar participar de um projeto que investigaria policiais militares com o intuito de “limpar” a instituição, em 2014. Logo depois, o coronel teria pedido ao cabo que o sistema fosse instalado em um local fora do prédio da PM, e Gerson então alugou uma sala comercial por R$ 1,2 mil.

Em agosto daquele ano, o cabo afirmou que foi a Chapada dos Guimarães acompanhado do coronel Evandro Lesco para encontrar uma terceira pessoa. No local, Gerson e Lesco teriam se reunido com o ex-secretário Paulo Taques, que à época trabalhava na campanha eleitoral do governador. O objetivo seria descobrir possíveis escutas realizadas contra Pedro Taques a mando do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, que tinha sua esposa, Janete Riva, concorrendo ao Governo do Estado.

De acordo com o depoimento do cabo, Paulo Taques ficou responsável por bancar todas as despesas das escutas telefônicas e entregou R$ 50 mil em um segundo encontro, realizado no bairro Consil, em Cuiabá.

O coronel Zaqueu teria fornecido os números a serem interceptados e em setembro de 2014 os grampos teriam tido início. O coronel teria informado a Gerson que o número do jornalista José Marcondes “Muvuca” teria de ser interceptado por ele ser uma ameaça ao então candidato Pedro Taques. O ex-vereador Chico 2000 e o advogado José do Patrocínio teriam sido interceptados com o objetivo de descobrir crimes eleitorais possivelmente cometidos por eles.

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Os telefones da deputada Janaína Riva (MDB) e da jornalista Larissa Malheiros também teriam sido incluídos nos grampos a pedido de Paulo Taques.

O cabo afirmou que nunca escutou os áudios colhidos e que repassava os arquivos ao coronel Zaqueu Barbosa. Na segunda remessa de números também teria sido incluído o telefone da publicitária Tatiane Sangalli, ex-amante de Paulo Taques.

O esquema, conhecido como “barriga de aluguel”, teria continuado até 2015, quando o coronel teria dado a ordem para sua interrupção. A razão seria a descoberta das escutas por parte do promotor Mauro Zaque, que era secretário de Segurança Pública à época.

Outro lado

A defesa do advogado Paulo Taques nega as acusações e informa que se pronunciará nos autos.

O Governo informou, por meio de nota, que o governador Pedro Taques tomou todas as providências para a devida apuração do caso e que ele próprio pediu para que o STJ o investigasse. O governador nega qualquer envolvimento no caso.

Veja a nota:

O Governo do Estado informa que o governador Pedro Taques determinou a apuração de todos os fatos relacionados às supostas escutas telefônicas clandestinas assim que a denúncia chegou ao conhecimento dele, em 2015, garantindo independência das Polícias Civil e Militar nas investigações.

O Governo do Estado ressalta ainda que o governador Pedro Taques solicitou ao Superior Tribunal de Justiça que ele próprio fosse investigado neste caso para comprovar, perante a Justiça, que não teve qualquer envolvimento nos fatos narrados por terceiros.

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Teka Almeida 29/07/2018

Quebrou a confiança do povo com MENTIRAS assim que assumiu o governo. E conseguiu essa vitória através de GRAMPOS para combater as estratégias adversárias, o que é pior. A empresa do Mendes quebrou justamente porque ele saiu para administrar Cuiabá, vc quebrou além da confiança o estado também. Agora aproveita, pega seu banquinho e sai de fininho. O povo está com o couro grosso de tanto apanhar na saúde, na segurança, na educação e de dividir os prejuízos que vc deixou no estado. INCOMPETENTE, estado de EMBROMAÇÃO. Sem moral, sua casa CAIU.

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MARIA TAQUARA 28/07/2018

¿Verdad? No Creo!

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2 comentários

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