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Cuiabá, 18 de Maio de 2024
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27 de Setembro de 2018, 15h:20 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO CATARATA

Zaque pede condenação de Luiz Soares, empresa e mais oito servidores

Servidores denunciados estão lotados na SES. Dilza Antonio da Costa, Aurélio A.S. Ferreira, Simone de Brito, Juliana A. Silva Fernandes, Sandra Regina Altoe, Selma A. de Carvalho, Sonia A. Pio e Kelcia Rodrigues Ramos.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com uma ação civil pública contra o Governo do Estado, a empresa 20/20 Serviços Médicos S/S, o secretário de Estado de Saúde, Luis Soares, e mais oito servidores públicos.

A ação é referente às investigações da Operação Catarata – deflagrada pelo MPE, no início deste mês, que apura suposta fraude no contrato entre o Estado e empresa 20/20, na realização das cirurgias oftalmológicas, durante o projeto social Caravana da Transformação.

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O promotor Mauro Zaque - autor da ação - pede a condenação por improbidade administrativa do secretário Luiz Soares, além de pagamento de multa de R$ 1,8 milhão. Zaque também pede para que a Justiça retire Soares do cargo de secretário e que ele perca os direitos políticos por três a cinco anos. 

A ação foi encaminhada à juíza Célia Vidotti, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular da Capital, que irá analisar o pedido do MPE.

Já os servidores públicos denunciados estão todos lotados na Secretaria de Saúde, são eles: Dilza Antonio da Costa, Aurélio Abdias Sampaio Ferreira, Simone Balena de Brito, Juliana Almeida Silva Fernandes, Sandra Regina Altoe, Selma Aparecida de Carvalho, Sonia Alves Pio e Kelcia Cristina Rodrigues Ramos. Na ação o MPE solicita condenação por improbidade administrativa e que cada um pague multa de até cinco vezes valor de suas remunerações.

Em relação à empresa, a acusação é de que a 20/20 Serviços teria 'maquiado' números para receber do Governo por cirurgias de catarata que não teriam sido realizadas.

A denúncia do MPE é baseada principalmente em relatório do Conselho Estadual de Saúde, que apontou falta de controle das cirurgias realizadas na Caravana da Transformação.

Segundo o MPE, o Conselho constatou “frágil controle nos citados contratos que, até então, entendiam ser possível terem sido efetuados pagamentos de cirurgias em pacientes que não tinham necessidade de se submeterem a cirurgia de catarata e de pagamento de procedimentos em pessoas que não realizaram tais intervenções, sugerindo assim, até aquele momento, em tese, uma cobrança por um serviço não prestado”.

Caravana 

O Governo do Estado implantou o programa Caravana da Transformação em 2016 com a proposta de zerar as filas de cirurgias oftalmológicas no Estado.

Das 75 mil cirurgias realizadas, 61 mil foram de catarata, 8.237 de pterígio e 5.840 de yag laser.

Outro lado

O Governo do Estado emitiu nota afirmando que ainda não foi notificado sobre a ação do Ministério Público e ressaltou a idoneidade na fiscalização e pagamento dos serviços prestados pela empresa.

 

Confira a nota na íntegra:

O Governo do Estado de Mato Grosso informa que não recebeu qualquer notificação sobre nova ação do Ministério Público Estadual contra o programa Caravana da Transformação.

O Governo do Estado reafirma a idoneidade no processo de escolha, contratação e seleção da empresa 20/20 Serviços Médicos para a execução das consultas e cirurgias oftalmológicas realizadas durante a Caravana da Transformação. Reafirma também a lisura em todo processo de auditoria, fiscalização e pagamento dos referidos serviços, conforme comprovado em ação anterior movida também pelo MPE.

Na ocasião, o Estado rebateu as acusações e comprovou que os dados utilizados na ação eram equivocados. Naquela mesma ação, a Justiça autorizou a continuidade dos atendimentos de pós-operatório para pacientes da Caravana, que haviam sido suspensos.

As 14 edições da Caravana foram auditadas por uma equipe de técnicos especializados e fiscais de contrato, formada por servidores concursados de carreira, com conduta ilibada, capacidade técnica e sem nenhuma mácula funcional.

O Governo do Estado ressalta que está à disposição do Ministério Público e dos demais órgãos de controle para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o programa Caravana da Transformação, que em 14 edições realizou mais de 66 mil cirurgias oftalmológicas, retirando da escuridão cidadãos mato-grossenses que anteriormente sequer eram enxergados pelo Estado.

 

 

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