CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O suplente de deputado estadual Jajah Neves (PSDB) e o secretário de Cidades, Wilson Santos (PSDB), serão chamados a prestar esclarecimentos ao Ministério Público do Estado (MPE) a respeito do áudio em que o parlamentar supostamente revelou devolver a verba indenizatória ao gestor, que é titular da vaga na Assembleia Legislativa.
Um procedimento, chamado de notícia de fato, foi instaurado pelo MPE para apurar o suposto caso de improbidade administrativa, e distribuído ao promotor do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, Mauro Zaque. Porém, este está em período de férias e o caso foi repassado ao promotor Henrique Schneider.
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As primeiras providências a serem tomadas pelo responsável pelo caso será a requisição de informações aos envolvidos. Somente depois dessa análise o MPE decidirá pela instauração, ou não, de um inquérito civil.
O suposto repasse dos R$ 65 mil da verba indenizatória veio à tona na semana passada, após a divulgação em redes sociais de um vídeo apócrifo, com narração de voz feminina, em que o parlamentar supostamente diz que todos os meses é obrigado a devolver a verba a Wilson Santos.
“Eu tenho que devolver pro Wilson. Ele começa me ligar três dias antes de cair”, diz Jajah, no suposto áudio.
No áudio, o tucano também afirmaria sustentar a TV Mato Grosso, Canal 27, onde apresenta o programa Fiscal do Povo, com dinheiro público. As fontes seriam o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa.
Jajah também "entrega" o irmão, o vereador em Várzea Grande, Ademar Jajah, dizendo que conseguiu um mandato e que o parente tem quatro anos para "arrumar a vida".
Em nota, Jajah negou fazer a devolução dos R$ 65 mil e chamou o áudio de “pirata”.
“Em nenhum momento, foi me solicitado a devolução da referida Verba Indenizatória (VI). Nunca tive até o presente momento o direito à concessão de nenhum canal de TV, isto é, não sou proprietário de nenhuma televisão. Estou a inteira disposição do Ministério Público Estadual (MPE)”, declarou o suplente de deputado.
Carlos Nunes 19/01/2018
O MPE teria que mandar periciar o áudio pra ver se é a voz do Jajah mesmo. Seguir o rastro da verba indenizatória pra ver onde foi parar. Cruzar os telefonemas entre os envolvidos, a pista é...3 dias antes da liberação do dinheiro. Um bom detetive descobriria tudo em curto tempo.
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