DA REDAÇÃO
Convocado como testemunha do caso dos grampos na Polícia Militar, Mario Edmundo Costa Marques, que é amigo do cabo Gérson Correa Júnior, ainda preso pela prática clandestina, relatou nesta sexta-feira (09), ao juiz Murilo Moura Mesquita, da 11º Vara Criminal Especializada da Justiça Militar da Comarca de Cuiabá que o cabo Gérson comentava sobre conversas grampeadas que tratavam da vida íntima da deputada Janaina Riva (MDB) e do governador Pedro Taques (PSDB).
A testemunha afirmou que sabia que o cabo fazia interceptações, mas ele não teria comentado quem ele estava ouvindo e nem referente a qual processo. Mario declarou que desconhecia que a escuta da qual o amigo falava seria uma prática ilegal.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Questionado pelo juiz, Mario admitiu que teme por sua vida, já que o caso está lidando com a alta esfera da polícia.
Na audiência de instrução também foi ouvido o ex-secretário de Segurança e promotor de Justiça Mauro Zaque. Ele foi autor da denúncia e ao depor como testemunha, reiterou que apresentou os fatos ao governador Pedro Taques em relatório e como percebeu que não ocorreria nenhuma investigação, pediu para deixar o cargo de secretário.
Outra testemunha ouvida foi André Pozzeti, que alugou a sala comercial onde funcionou a base para a realização das interceptações telefônicas.
Ele relatou que o espaço foi alugado para o cabo Gerson, por R$ 1,5 mil e que ele argumentava que no local funcionaria um escritório de contabilidade.
São réus no esquema do esquema: ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa; os coronéis Evandro Alexandre Lesco e Ronelson Barros, o coronel Januário Batista e o cabo Gérson Correa Júnior.
Apenas o coronel Zaqueu e o cabo Gérson continuam presos.