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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
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23 de Outubro de 2017, 19h:14 - A | A

PODERES / DEU NA ÉPOCA

Senador e ex-ministro de MT estão em lista da JBS apreendida pela PF

O senador teria recebido R$ 300 mil por meio do atual secretário nacional de Políticas Agrícolas, Neri Geller (PP) em plena campanha eleitoral de 2014.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Os nomes do senador Wellington Fagundes (PR) e do o ex-ministro da Agricultura e atual secretário nacional de Políticas Agrícolas, Neri Geller (PP), aparecem em uma planilha apreendida pela Polícia Federal na sede da empresa JBS, em São Paulo, como donos de uma conta-corrente aberta especialmente para abastecer políticos e partidos com propina.

A planilha, que foi divulgada na edição desta segunda-feira (23) da revista Época, detalha ainda os nomes Temer, supostamente referindo-se ao presidente da República, Michel Temer (PMDB), e outros 63 políticos.

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O nome de Geller aparece na frente do de Wellington, com valor de ‘crédito’ de R$ 300 mil e um saldo de R$ 395 mil.

Neste caso, o documento sugere que Neri teria recebido o dinheiro, em setembro de 2014, em plena campanha eleitoral ao Senado, e repassado ao republicano.

“Chama a atenção o nível de detalhamento da planilha, encontrada pela Polícia Federal, dentro de uma pasta no gabinete de Wesley Batista – um dos proprietários da empresa – no dia 11 de maio de 2017. A apreensão foi feita no âmbito da Operação Maquinários, coordenada pela Superintendência Regional da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul. Época teve acesso à íntegra do documento sigiloso”, destaca trecho da reportagem assinada pelo jornalista Patrik Camporez.

A publicação lembra ainda que essas transações “já tinham vindo à tona, por meio de delações premiadas de executivos da JBS, e outra parte permanecia oculta até então”. As planilhas também correspondem às mesmas informações delatadas pelo lobista Ricardo Saud. 

No caso de Temer, a planilha registra que o presidente supostamente teria recebido o recurso ilícito quando a conta estava recheada com R$ 1,176 milhão – sendo que, desse valor, R$ 405 mil entraram na conta da JBS naquele mesmo dia.

Com a retirada de R$ 1 milhão, a conta ficou ainda com um saldo R$ 176 mil, sendo abastecida, três dias depois, com mais R$ 519 mil (veja reportagem completa aqui).

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