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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

17 de Julho de 2017, 15h:35 - A | A

PODERES / EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS

Riva queria R$ 2 milhões de propina sobre contrato do Estado para fazer campanha

Segundo o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado José Riva pressionou até que ele renovasse o contrato com a empresa Consignum, que repassava propina para manter a prestação de serviço ao Governo.

RAFAEL DE SOUSA
DA REPORTAGEM



O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) disse em depoimento à juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, o forçou a renovar por dois anos o contrato com a empresa Consignum, com o objetivo de receber R$ 2,5 milhões em propina para a campanha ao Governo do Estado, em 2014.

“Chamei o Pedro Elias [ex-secretário de Administração] e disse que o Riva estava vendo isso e que se ele acertasse era para aditivar o contrato. Eu sabia que era de R$ 2 milhões. Riva queria o dinheiro para a campanha ao Governo”, disse Silval.

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Silval afirmou que a dívida relatada por Riva é mentirosa e que foi usada para encobrir o “acordo” entre a empresa e o deputado.

“Quando o Riva disse que eu devia, eu não devia nada. Ele queria esse contrato e Willians [Mischur, dono da Consignum] sabia disso. Essa é a história verdadeira da Consignum”, confessou.

Ele ainda revelou que teve um encontro com Willians para tratar sobre o rompimento do contrato com a empresa a pedido de Riva. Porém, o empresário pediu que fosse mantido porque tinha um acordo para manter o pagamento ilícito. 

Em seguida disse para Pedro Elias atender as demandas e o acordo de Riva com a Consignum. O que ocorreu após uma longa negociação entre ambos.

O esquema

Questionado em depoimento sobre a exigência de propina aos empresários Willians Mischur e Julio Tisuji, donos da Consignum e Webtech, respectivamente, em troca da concessão e manutenção dos contratos destas empresas com o Estado, Silval declarou que recebia de R$ 200 a R$ 250 mil por mês.

Segundo ele, o ex-secretário de Administração, César Zílio operava o esquema, desde o ano de 2011, e manteve durante todo o período em que esteve à frente da pasta. O lucro obtido supera o montante de R$ 18 milhões.

Silval confessou que após César Zílio deixar a gestão, o advogado Francisco Faiad, assumiu a secretaria e deu continuidade aos repasses.

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