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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
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14 de Dezembro de 2018, 14h:15 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO ARARATH

Riva comete novos crimes e STF anula delação que estava homologada

O ex-presidente da Assembleia teria falsificado um documento e tentado obstruir as investigações do MPF.

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou recurso do ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva e manteve decisão que anulou um acordo de colaboração premiada negociado por ele com o Ministério Público Federal (MPF). A delação foi feita ao MPF em julho do ano passado e homologado pelo STF em novembro do mesmo ano.

Uma das clausulas do documento previa que, caso houvesse o cometimento de outro crime doloso após a homologação, o benefício poderia ser anulado.

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Documentos que constam nos autos citam índicos de que o ex-deputado teria praticado os crimes de falsificação de documento particular e obstrução de investigação de organização criminosa. Os fatos teriam sido descobertos durante uma das fases deflagradas da Operação Ararath.

A suspeita quanto ao cometimento dos crimes em questão pelo investigado ensejou, inicialmente, que, em 12/12/2017, o Juízo da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Mato Grosso autorizasse o cumprimento de mandados de busca e apreensão e o afastamento do sigilo de dados telefônicos, telemáticos e de informática em face daquele investigado, deflagrando investigação que, na data de 18/07/2018, culminou com o oferecimento de denúncia criminal pela Procuradoria da República no Estado do Mato Grosso”, descreve.

Ainda em sede pré-judicial, a própria Procuradoria-Geral da República, no âmbito de processo administrativo que instaurou para o aludido fim, comunicou ao investigado a possibilidade da não-homologação do acordo em virtude da suspeita de envolvimento do candidato a colaborador com novos crimes, conferindo ao investigado a oportunidade de se pronunciar previamente acerca dos fatos cogitados, sendo certo que o Órgão Ministerial formalizou judicialmente seu requerimento de não-homologação depois de recebida e analisada a defesa escrita ofertada pelo candidato a colaborador”, diz outro trecho da decisão.

A Operação Ararath, que desde 2013 já teve várias fases, investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros em Mato Grosso da ordem de R$ 500 milhões. Políticos e empresários teriam operado um sistema financeiro paralelo para abastecer o pagamento de propinas e a execução de obras no Estado.

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