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22 de Outubro de 2018, 07h:25 - A | A

PODERES / INSEGURANÇA NO JUDICIÁRIO

Ramos critica Governo por não aumentar números de policiais nos fóruns

Rui Ramos, presidente do Tribunal de Justiça, afirma que vivemos tempos estranhos dentro do Judiciário mato-grossense ao comentar a falta de policiais nas comarcas.

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Rui Ramos criticou o Governo do Estado por não atender ao pedido para aumentar o número de policiais militares que atuam nas 79 comarcas.

A solicitação do presidente ocorreu após dois casos de violência contra juízes terem sido registrados no Estado em menos de uma semana. O primeiro caso ocorreu no último dia 26, em Paranatinga. O advogado Homero Amilcar Nedel, 59 anos, agrediu com socos o juiz da Comarca, Jorge Hassib Ibrahim, dentro do Fórum. Segundo a Polícia Civil, a ocorrência tem referência aos desentendimentos de um processo judicial em que a filha do acusado, que também é advogada, está envolvida.

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No dia 1° de outubro, o juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva foi ferido com um tiro no ombro dentro do Fórum de Vila Rica. O bandido - identificado como Domingos

“Vivemos em tempos estranhos. As policiais não são do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, são policias do Estado de Mato Grosso e, por incrível que pareça, encaminhei aos senhores a resposta que eu tive, não há a menor perspectiva do auxílio de policiais militares, especialmente, no sentido de aumentar o mínimo possível de efetivo para tratar da segurança de um fórum", disse Rui Ramos.

Barros de Sá -, foi morto por policiais militares na ação.

“Vivemos em tempos estranhos. As policiais não são do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, são policias do Estado de Mato Grosso e, por incrível que pareça, encaminhei aos senhores a resposta que eu tive, não há a menor perspectiva do auxílio de policiais militares, especialmente, no sentido de aumentar o mínimo possível de efetivo para tratar da segurança de um fórum, como se o fórum fosse um local destinado à atividade empresarial privada, como se fosse um campo de futebol”, disse durante sessão que escolheu a diretoria do Tribunal para o próximo biênio, 2019-2020.

Além disso, o presidente do judiciário também criticou a atuação dos militares, principalmente no caso que aconteceu em Nova Monte Verde onde um réu jogou uma garrafa d’água contra o juiz Bruno Cesar Singulani França, durante sessão do Tribunal do Júri na Câmara de Vereadores da cidade. Para o magistrado, neste episódio houve uma péssima atuação dos agentes de segurança que estavam no local.

“Não estávamos em situação de falta de segurança e, por incrível que os senhores possam pensar, visualizam a filmagem, mesmo com tudo isso, ele não foi mobilizado, não foi ele algemado, passou por traz da bancada dos jurados proferindo ameaças com dois agentes mais policiais militares que estavam lá sem nenhuma providência com relação a isso. Infelizmente, neste episodio, demonstra uma péssima atuação dos agentes de segurança que ali se encontravam”, destacou.

Reforços

O presidente ainda comentou que uma empresa de segurança iniciou, no ano passado, um trabalho para resolver as questões de segurança nos fóruns. Mas, ao analisar as plantas das 79 comarcas constatou que nove delas estavam devassadas, pois haviam passado por modificações. 

“Estamos tentando concluir até novembro para próxima gestão avaliar e dar continuidade que seria o sistema de câmera inclusive com certa inteligência artificial, uma coisa muito diferente do que simplesmente colocar uma câmera e ficar analisando a tela. O aparelho tem um trabalho melhor e envolve uma segurança muito grande, porém, especificamente para detecção de metais em cada um dos nossos fóruns”, destacou.

Ele ainda ponderou que no primeiro semestre foi entregue 20 detectores móveis para algumas comarcas do Estado, mas ao constatar se elas estavam em uso soube que o instrumento estava utilizado apenas nas sessões de júri.

 

“Não é da gestão a falta de atenção, a omissão e o desleixo”, frisou.

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Comente esta notícia

robson 23/10/2018

È so vcs fazer concurso igual a Justiça Federal e trabalho para segurança de magistrados...Segue o modelo...dinheiro vcs tem...inclusive os segurança efetivos para segurança de magistrados tem ate porte de arma...Paga vigilantes...para guarda patrimonial..fico so olhando...compare Justiça federal e estadual...La a justiça federal não tem PMs..Devolva os PMs a rua...

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Antonio 22/10/2018

Por essas arrogâncias que não me sujeito a ser babá de magistrado. Prefiro ganhar menos, mas estar efetivamente ajundando a sociedade.....

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Lucas 22/10/2018

O Poder Executivo deverá tirar todos os policiais que estão nos demais poderes, o policial precisa estar nas ruas, defendendo os cidadadãos, não em portaria, estacionamento dirigindo para autoridades. Os poderes deverão contratar segurança privada, pois recebem duodécimos além da necessidade, e quem paga por isso são os servidores do Executivo e a sociedade, com serviços públicos precários.

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3 comentários

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