facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

23 de Junho de 2017, 22h:39 - A | A

PODERES / GRAMPOS ILEGAIS

Perri prorroga prisão de Zaqueu e determina preventiva para secretário

TJMT confirmou prisões de seis militares nesta sexta-feira (23), entre eles o secretário da Casa Militar, Evandro Lesco. O ex-comandante da PM, preso há um mês teve prisão prorrogada por mais 20 dias.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Após determinar, nesta sexta-feira (23), as prisões de seis militares envolvidos em suposto esquema de arapongagem no âmbito da Polícia Militar de Mato Grosso, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJMT), Orlando Perri, também autorizou a prorrogação das prisões do coronel Zaqueu Barbosa e do cabo da PM Gerson Luiz Ferreira, detidos desde o dia 23 de maio.

Zaqueu e Gerson, que tiveram as prisões prorrogadas por mais 20 dias, são acusados de serem o mandante e o operador, respectivamente, do sistema de escutas telefônicas clandestinas, monitorado por militares entre os anos de 2014 e 2015, conforme denunciou o ex-secretário de Segurança Pública, o promotor de Justiça Mauro Zaque.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Eles estão detidos sob determinação do juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá.

Novas prisões

Em comunicado, o TJMT também confirmou que as prisões do secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, do secretário-adjunto da Casa Militar, coronel Ronelson Jorge de Barros, e do tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista ocorrem em caráter preventivo. Já  o corregedor-geral da PM, coronel Alexandre Corrêa Mendes, e o diretor de Inteligência da corporação, tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira tiveram prisão adminsitrativa. Eles são acusados de terem vazado informação sobre mandados de busca e apreensão e possíveis prisões contra militares.

Lesco, Barros e Januário foram foram ouvidos pelo juiz Marcos Faleiros no Fórum de Cuiabá e passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Não foi informado o local em que ficarão detidos.

Os coronel Jorge Catarino, responsável pelas investigações no âmbito militar já pediu a prisão preventiva dos dois acusados de vazarema s informações sigilosas. Eles não passaram por audiência de custódia. 

Investigação

Ainda há muitas diligências e testemunhas a serem ouvidas. Depois de concluído, o inquérito volta ao des Orlando, que encaminha ao MP para análise

O cabo da PM é apontado como executor dos esquemas de escutas ilegais, inclusive em depoimento à Justiça no último dia 6 de junho, ele reafirmou os nomes levantados durante a investigação e contou ao responsável do inquérito, coronel Jorge Catarino Morais Ribeiro, que o equipamento montado para as escutas telefônicas ilegais foi denominado de "Sentinela".

O cabo teria alugado um apartamento no primeiro andar do edifício Master Center, nas proximidades do morro da Caixa D´Água, em Cuiabá. O militar teria iniciado as interceptações telefônicas ilegais, com a utilização de computadores completos, além de diversos telefones celulares acoplados a um notebook.

O caso 

Teriam sido vítimas do sistema clandestino, jornalistas, advogados, políticos e agentes públicos, que tiveram os sigilos telefônicos quebrados de forma irregular, porque foram inseridos em uma lista de suspeitos de tráfico internacional de drogas. 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu investigação para apurar o caso das escutas ilegais porque o promotor afirma que o governador Pedro Taques (PSDB) tinha conhecimento do sistema irregular. 

O governador nega a acusação e aponta que Zaque teria fraudado documento.

Confira a nota na íntegra

Os presos são: Lesco, Barros, Januário, Toresan (prisão preventiva/sem prazo), Mendes e Fortes. Estes 2 últimos em prisão administrativa, 30 dias e eles não passam pela audiência de custódia.  Os outros foram ouvidos pelo juiz Marcos Faleiros no Fórum de Cuiabá. Agora estão a caminho do IML.

O cel Catarino (encarregado pelo processo na PM) já pediu a prisão preventiva dos 2 que estão em administrativa e a prorrogação das prisões do cel Zaqueu e cabo Gerson (estas 2 últimas já foram autorizadas pelo des Perri). 

Pelo Código Militar eles podem ficar presos pelo prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 20. A locação deles fica a critério da PM, o que podemos afirmar é que estarão em quarteis distintos. 

Ainda há muitas diligências e testemunhas a serem ouvidas. Depois de concluído, o inquérito volta ao des Orlando, que encaminha ao MP para análise

 

Comente esta notícia