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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

21 de Junho de 2017, 10h:35 - A | A

PODERES / MOVIMENTOU R$ 2,3 MILHÕES

Gaeco aponta que lucro de esquema abastecia contas da mulher de ex-secretário do TCE

Jocilene Rodrigues, mulher do ex-secretário de Administração do TCE, Marcos José da Silva, apontado como líder do esquema, teria usado suas contas para receber o lucro do esquema que desviou cerca de R$ 3 milhões de contratos com órgãos públicos.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Extratos das contas bancárias de Jocilene Rodrigues Assunção, mulher do ex-secretário de Administração do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Marcos José da Silva, mostram que ela movimentou entre os anos de 2015 e 2016, R$ 2,3 milhões. As transações conforme o Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que prendeu o casal, durante a Operação Convescote, nesta terça-feira (20), seriam fruto do lucro do esquema criminoso que teria desviado cerca de R$ 3 milhões de recursos públicos, por meio de contratos da Faespe (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual) e empresas fantasmas junto a órgãos públicos.

A suspeita dos procuradores do Ministério Público Estadual (MP) é de que Jocilene e o marido tenham usado as contas dela no Banco do Brasil, Bradesco, Sicoob e Cooperforte para receber dinheiro desviado da Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e prefeituras por meio de oito empresas de fachada.

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Jocilene Rodrigues de Assunção é apontada pelo Gaeco como proprietária da J. Rodrigues de Assunção EPP e membro do Conselho Administrativo da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores Públicos dos Poderes Executivo e Legislativo no Estado de Mato Grosso (Sicoob), cooperativa que foi foi utilizada para recebimento dos recursos públicos desviados por intermédio da Faespe.

Um gráfico do Banco do Brasil mostra que Jocilene movimentou quase R$ 292 mil em 12 meses, sendo que aproximadamente 70% dos créditos não foram identificados.

No Banco Bradesco, a conta da investigada recebeu depósitos de cerca de R$ 432 mil. “Notamos que 29% dos créditos foram feitos pela própria investigada e outros 23% creditados através da sua empresa”, dizem os procuradores.

Já os créditos na conta da pessoa jurídica J. Rodrigues de Assunção - EPP junto ao Banco Sicoob/Cooperforte são de R$ 333 mil. "Vimos que os créditos da conta pessoal junto ao Banco Sicoob/Cooperforte no período compreendido entre 22/05/2015 a 27/06/2016, somaram uma quantia de R$ 1.164.352,44 milhão . Notamos, porém, que 48% dos créditos foram feitos pela própria favorecida, 11% são provenientes do seu cônjuge Marcos José da Silva e apenas 4% são oriundos da sua empresa".

Em outro trecho do processo, os membros do Gaeco explicam que averiguaram que Jocilene não tem outra renda, além da empresa e que os extratos bancários apontam que o dinheiro do esquema foi depositado em suas contas.

“Se considerarmos que a movimentação bancária da empresa J. Rodrigues de Assunção EPP resultou em uma quantia um pouco superior a trezentos e trinta mil reais no período mencionado, e que desse valor, apenas 4% foram transferidos para sua conta pessoal, imaginamos ser insustentável, implausível e injustificável a movimentação bancária pessoal de Jocilene, visto que ela não possuiria outra fonte de renda.

Isso sem contar que, exceto a conta bancária da empresa J. Rodrigues de Assunção-EPP que possui a Faespe como depositante de valores expressivos, as outras contas da investigada são praticamente "sustentadas" por ela própria", considera a investigação do Gaeco.

 

 

Prisão

Na manhã de terça-feira, a Operação Convescote prendeu 11 pessoas de forma preventiva. Quatro tiveram mandados de condução coercitiva cumpridos pelo Gaeco, por envolvimento no esquema de corrupção que lesou os cofres públicos por meio de convênios com a Faespe.

(veja lista de presos aqui).

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Com empresas de fachada, grupo criminoso desviou R$ 3 milhões de órgãos públicos

Confira os extrartos bancários abaixo:

Álbum de fotos

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