MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou que pretende passar a administração do Novo Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá para a Empresa Cuiabana de Saúde. Para que a medida seja colocada em prática, Emanuel precisa de autorização do Conselho Municipal de Saúde, de acordo com o estatuto social da empresa criada na administração do ex-prefeito Mauro Mendes (DEM).
O emedebista afirmou que poderia mudar o dispositivo do estatuto, mas preferiu manter o formato atual. “Se o conselho assim entender, vai continuar nas mãos do município com a Empresa Cuiabana de Saúde, 100% pública, como administra hoje o Hospital São Benedito, que é um case de sucesso. Na última pesquisa, 99% dos usuários definiram como bom e ótimo o atendimento do São Benedito. Então, eu pretendo que o Pronto-Socorro seja gerido por uma empresa 100% pública”, declarou.
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Com R$ 100 milhões do Governo Federal para conclusão da obra física e compra dos equipamentos, o Pronto-Socorro tem previsão de inauguração pelo prefeito em dezembro deste ano.
“Hoje, 50% dos recursos da Saúde e 70% da nossa energia e do nosso tempo são gastos com o atual Pronto-Socorro de Cuiabá. Isso vem há décadas, não é uma coisa do Emanuel Pinheiro, não", disse o prefeito.
Emanuel pretende que os serviços de urgência, emergência e de alta complexidade sejam geridos pela Empresa Cuiabana de Saúde. Assim, a prefeitura ficaria livre para administrar policlínicas, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e outras unidades de atenção básica da saúde.
“A minha decisão, a minha determinação, o meu desejo, é que a Secretaria Municipal de Saúde cuide da atenção básica e, no máximo, a secundária. É lá que estão 100% dos cuiabanos”, disse o prefeito.
A antiga unidade do Pronto-Socorro, localizada no Bairro Bandeirantes, passará a funcionar como Hospital Materno Infantil, Dia e Retaguarda, sob administração da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
“Hoje, 50% dos recursos da Saúde e 70% da nossa energia e do nosso tempo são gastos com o atual Pronto-Socorro de Cuiabá. Isso vem há décadas, não é uma coisa do Emanuel Pinheiro, não. Se nada for feito para colocar o dedo na ferida da pasta da saúde pública da Capital, eu serei mais um, virá outro vai ser a mesma coisa e assim por diante. Eu não vim para a mesmice”, completou.
Emanuel afirmou que tentou criar uma secretaria específica de Atenção Básica no início de sua gestão, mas não houve acordo com o Ministério da Saúde para repasse de recursos do Governo Federal.
“Eu vejo gente falando em privatização... Ou é desconhecimento ou é má-fé. A empresa é 100% pública e eu faço questão que seja público. Se tivesse privatização, se tivesse OS [Organização Social], eu seria contra”, defendeu.
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