DA REDAÇÃO
Em depoimento aos delegados Flávio Stringueta e Ana Cristina Feldner, o cabo da Polícia Militar, Gerson Correa, afirmou que operou o sistema de interceptações ilegais de dentro da sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). O fato teria acontecido em 2014, quando Gerson estava lotado no local. As informações são do site MidiaNews.
“Nesse período, eu estava lotado no Gaeco, fazia dupla jornada. Com o surgimento da plataforma Sentinela, facilitou muito o trabalho porque o acompanhamento era operado pela web. Então, eu realizava algumas escutas na sede do Gaeco mesmo”, afirmou.
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O cabo está preso desde maio, acusado de ser um dos integrantes do esquema, que teria a participação de outros oficiais. Na quarta-feira (11), o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça, determinou uma nova prisão preventiva contra ele, após pedido dos delegados Ana Cristina Feldner e Flavio Stringueta.
Gerson é apontado como o operador principal do sistema de interceptação. O empresário José Marilson da Silva, responsável por desenvolver o sistema, afirmou que Gerson quem retirou o equipamento de sua empresa.
Prisões
Atualmente, todos os acusados no depoimento estão presos preventivamente por ordem do desembargador Orlando Perri - do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Os ex-secretários de Estado, coronel Evandro Lesco (Casa Militar) e Rogers Jarbas (Segurança) estão presos no Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) e Polinter, respectivamente.
O 2º sargento da Polícia Militar João Ricardo Soler está detido em Várzea Grande.
Paulo Taques e o coronel Siqueira Júnior (ex-secretário de Segurança) seguem presos no Centro de Custódia da Capital (CCC).
Todos foram presos no dia 27 de setembro, durante a Operação Esdras, por tentativa de obstrução à Justiça e interferência na investigação dos “grampos”.