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Cuiabá, 27 de Abril de 2024
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23 de Junho de 2017, 07h:55 - A | A

OPINIÃO / ONOFRE RIBEIRO

Um pouco de história sobre Aecim

Penso ser necessário resgatar o que mais me impressionou na vida



Deixou-nos neste fim de semana o meu querido amigo Professor Aecim Tocantins. Não posso deixar de associá-lo a algumas personalidades marcantes com os quais tive o prazer de conviver ao longo desses últimos 41 anos vivendo em Mato Grosso.

Vou citar algumas, mesmo sabendo que correrei o risco de esquecer muitas igualmente importantes. José Garcia Neto, Enio Vieira, Nhonhô do Tamarineiro (Oswaldo Botelho), Zelito Figueiredo, Julio Domingos de Campos, Gabriel Muller, Gastão Muller, Antonio Correa da Costa, Maria Muller, Helena Muller, José Luiz de Borges Garcia, Jorge Luiz de Matos, Ana Virgínia Ferraz de Matos, José do Carmo Ferraz, Nilson Constantino, Octávio de Oliveira, Jamil Hadad, Jamil Nadaf, Gabriel Novis Neves, Frederico Campos, José Villanova Torres, Maria Lygia de Borges Garcia, Rodrigues Palma, Berinho, Carlos Antonio, Octacílio Canavarros, Mayce Palma, Archimedes Pereira Lima, Banto Porto, Terezinha Porto, Paulo Ronan, Dante de Oliveira, Thelma de Oliveira, Pedro Rocha Jucá, Adelino Praiero, Isis Capilé, Sinjão Capilé.

Na verdade, seriam centenas de nomes de pessoas vivas ou que já nos deixaram. Cito esses que me vem à memória. Mas o que realmente o quero dizer é que tive o privilégio de conviver com pessoas que realmente viveram o seu tempo com dignidade.

A passagem do Professor Aecim Tocantintins, de certo modo encerra a passagem de uma geração hoje madura, que passou pela História de Mato Grosso e do seu tempo e dela saiu com dignidade.

Penso ser necessário resgatar o que mais me impressionou na vida do querido amigo Professor Aecim. Trabalhava no governo de Mato Grosso è época do governador Garcia Neto, quando se deu a divisão do estado pra se criar Mato Grosso do Sul. A Lei Complementar 31/77 que aprovou a divisão não entrou em detalhes burocráticos como divisão de patrimônio nos dois estados, pessoal, etc e etc. Mas criou uma Comissão Especial da Divisão.

O primeiro representante de MT nela foi Aecim Tocantins. Fez um trabalho gigantesco porque estava tudo por fazer. Registro que se hoje Mato Grosso sobreviveu àquela divisão e se consolidou, deve muitíssimo ao trabalho de Aecim como seu representante na comissão. Brigou, organizou, foi a Brasília dezenas de vezes até que tudo estivesse certo.

Do contrário a divisão teria sido um desastre porque a separação dos dois estados se deu na transição dos governos Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo. Não estava bem claro como ficariam os dois estados divididos.

Portanto, ainda que tenha sido só uma de suas missões, está por si só bastaria para honrar o Professor Aecim Tocantins. Deixo-lhe aqui o abraço agradecido de todos nós que o estimávamos, respeitamos, e sentiremos a sua ausência.

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

[email protected] www.onofreribeiro.com.br

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