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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

20 de Outubro de 2018, 11h:30 - A | A

OPINIÃO / VALORES INVERSOS

Mais culhão, menos mimimi

ANDRÉ MICHELLS



Parece redundante dizer, mas a lei nesse país - e por osmose nesse estado - só beneficia quem é bandido, contraventor, traficante, estuprador ou político corrupto.

No início da semana nos deparamos com a prisão de agentes da Polícia Civil e um delegado, em Colniza - extremo Norte do Estado - a pedido do MPE por, supostamente, terem tratado bandidos como devem ser tratados. Na base da porrada.

Acontece que, baseado apenas em depoimentos deles, cujas testemunhas eram nada menos que suas parceiras, a Justiça atendeu o MPE e mandou prender os policiais. Um deles está com a esposa grávida de sete meses. Ah se fosse um bandido! Não faltariam os sábios dos ‘direitos dos manos’ para dar apoio e criticar a prisão. Fora os auxílios que a sociedade ainda teria que pagar para os familiares do vagabundo. 

Nesta sexta (19), um jovem motorista de Uber - que trabalhava no transporte para pagar a faculdade - foi morto a facadas e teve as vísceras arrancadas por bandidos que roubaram seu carro e dinheiro, em Várzea Grande.  Pedro Victor de Almeida Perozo era estudante de Direito da Univag. Alguém dos Diretos Humanos foi visitar e dar apoio à mãe desse rapaz? Ah, mas se fosse o bandido a morrer... 

Na quinta (18), em plena luz do dia, um bandido armado desce de um carro - que deve ser roubado - rende uma família e lhe rouba a SW4 em apenas 30 segundos, no bairro mais nobre de Cuiabá. E se o pai de família estivesse armado e reagisse matando o vagabundo, seria esculhambado pelo MPE e teria pedido de prisão por porte ilegal de arma e homicídio. 

Na Justiça Eleitoral, o mesmo juiz que multa um deputado candidato, que comete crime eleitoral em R$ 5 mil, condena este veículo de comunicação, que gera empregos, renda e paga impostos, a uma multa de R$ 53 mil por ter, fora do período eleitoral, mencionado alguns números de pesquisa não registrada. A mesma Justiça Eleitoral que invoca a lei para justificar tal decisão permite que uma presidente que sofreu impeachment seja candidata ao Senado dois anos depois. A regra é clara, mas a lei é seletiva. Chega a ser nojento!  

Às vezes penso que democracia demais atrapalha.  Calma, vou explicar antes que me chamem de fascista, golpista ou coisa assim. O brasileiro confundiu liberdade com libertinagem e, aí, o que falta é ordem. Sem ela, amigos, não há progresso e essas palavras viram mera decoração na já vilipendiada bandeira nacional. 

 

É tão absurda a situação que um vagabundo, ao ser preso, passa por audiência de custódia e o juiz (a) é obrigado a perguntar se foi ele bem tratado pela polícia e se quer prestar queixa de tortura ou coisa assim. É o fim da picada! Claro que a polícia não pode sair por aí descendo a porrada em qualquer um, mas vamos e venhamos, com bandido, a linguagem não pode ser outra. O que falta mesmo nesse país, me perdoem os mais conservadores, é mais culhão e menos mimimi. Ah, e menos ditadura das ditas minorias. Sinceramente, isso já encheu o saco!

*André Michells é jornalista e empresário em Cuiabá

 

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