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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

19 de Abril de 2012, 14h:25 - A | A

OPINIÃO / JÚLIO CAMPOS

Ignorância, nosso maior inimigo

JÚLIO CAMPOS



Em poder da relatoria do Projeto de Lei nº 691/07, aprovado na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), apoiei integralmente o relatório anterior da proposta que destinará 20% dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações em educação e Ciência e Tecnologia (Fust) à educação, e 10% se destinará à área de ciência e tecnologia.


Criado em 2000, o fundo arrecadou até 2012, R$ 12,557 bilhões, recursos quais nunca foram destinados às devidas áreas pelo Governo Federal, mas estão sendo utilizados para a manutenção do superávit primário e para o pagamento da dívida pública.


Com a aprovação da proposta, serão canalizados na educação investimentos iniciais de R$ 2,4 bilhões e 1,2 bilhão à ciência e tecnologia.


Esse é um marco histórico para a educação, tendo em visto que o incremento servirá ao aperfeiçoamento da educação, uma das áreas basilares da sociedade, o que também contribuirá para a democratização da banda larga nas escolas públicas.


Um dos mais célebres educadores do Brasil e do mundo, dizia que um dos objetivos da escola é ensinar o aluno a “ler o mundo” para poder transformá-lo.


Sabemos que ter posse de informações é uma forma de se apropriar do poder, da roda motriz da transformação. Por isso, a educação pública brasileira desempenha papel fundamental na vida de cada cidadão, neste sentido, a revolução do país começa em cada sala de aula, em cada atividade desenvolvida, que tem ser pensada de forma ampla, na formação não somente de alunos de qualidade, mas de cidadãos, e que, sobretudo, eles tenham aprendido a pensar o mundo, a refletir sobre ele e a encontrar caminhos para contribuir para melhoria do mesmo.


Porque a educação é a maior arma que o cidadão dispõe, para tornar-se um bom profissional, um detentor de uma boa família e um sujeito ativo capaz de conduzir- se na história, e, não ser simplesmente conduzido por ela, e que interfira na dinâmica do mundo. A escola é o espaço do saber, do refletir, da construção de um mundo melhor.


No entanto, é perceptível que assim como a educação é um espaço de construção da vida, a escola ideal também está em construção, e atualmente, ela se depara com problemas elementares, assim como, exemplos simples em que a escola de muitos brasileiros são debaixo de árvores, em condições lastimáveis, os professores, por exemplo, precisam de capacitação contínua, as estruturas precisam ser adequadas e atender a todos os rincões do nosso Brasil, enfim, a escola precisa ser atrativa em seus métodos, criativas, desafiadoras e profundas em seus conteúdos e ainda é necessário que haja uma remuneração justa aos professores.


Apesar deste ideal de educação e do desenvolvimento de tecnologia, segundo pesquisas do Ministério da Educação, nós temos atualmente no Brasil, 16 milhões de analfabetos, que não tem condições de sequer escrever um bilhete, os que não concluíram a 4ª série do ensino fundamental I, somam 33 milhões.


É preciso haver verdadeiro comprometimento com a educação pública de forma geral, empenho de gestores, de educadores, da classe política e da sociedade como um todo, porque a educação é bem de todos e para todos.


Com bem disse o ex-presidente da África do Sul e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela, “Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”


A cada dia, temos que perseguir esse ideal que realmente vai nos conferir o valor que temos.


*JÚLIO CAMPOS é deputado federal pelo DEM de Mato Grosso.

A redação do RepórterMT não se responsabiliza pelos artigos e conceitos assinados, aos quais representam a opinião pessoal do autor.

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