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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
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12 de Abril de 2018, 07h:55 - A | A

OPINIÃO / EUSTÁQUIO RODRIGUES

Como seriam os super-heróis no Brasil

Comecemos com o Batman. Provavelmente seria um promotor público da cidade de São Paulo cansado de mandar prender bandido e vê-lo solto no dia seguinte.



Os super-heróis estão no imaginário do ser-humano. Os mais famosos fazem parte do nosso dia a dia, sejam em filmes, desenhos animados, roupas, mêmes, acessórios e muito mais. Mas, num exercício de ficção misturado com realidade, como seriam os super-heróis se eles fossem brasileiros e morassem em nosso país?

Comecemos com o Batman. Provavelmente seria um promotor público da cidade de São Paulo cansado de mandar prender bandido e vê-lo solto no dia seguinte. Desgastado e irritado com tanta impunidade, nas noites paulistanas sairia dando os necessários corretivos nos meliantes que cruzassem seu caminho. Pensou até em se mudar para Brasília mas percebeu que teria muito trabalho.

Já a Maria da Penha, vendo que a lei que inspirou e leva seu nome estava sendo inócua, já que a taxa de agressão, assassinato e estupro de mulheres no Brasil não cai nem com “reza-braba”, se transformaria na Mulher-Maravilha, que, usando de seus superpoderes, ensinaria (com muita didática e pancadaria) muito machão a não mais agredir mulheres covardemente.

O Incrível Hulk seria, com certeza, um militante petista. Morador do ABC paulista, esse herói fica facilmente enraivecido e sai destruindo e devastando tudo por onde passa. Com seu pensamento confuso e irracional, este super-herói, assim como os petistas, fica mais agressivo quanto mais contrariado. Começa a grunhir e vociferar palavras de ordem incompreensíveis ou de baixo calão. Enquanto o gigante verde de lá grita “Hulk Esmaga”, o daqui grita “E o Aéciooo?? A Mulher Hulk seria uma militante do sexo feminino com as mesmas características.

Uma dupla de heróis que não é muito famosa, mas voltou com força total nos últimos dias são os Supergêmeos. Diante da janela partidária, eles foram resgatados e prometem aparecer a cada dois anos. Nas últimas semanas, os Supergêmeos, disfarçados de políticos brasileiros, foram notícias nos principais jornais do país exibindo seus poderes: Supergêmeos, ativar! Forma de um Senador do PSDB; forma de uma licitação fraudulenta para angariar fundos para financiar minha campanha. E teve mais: Supergêmeos, ativar! Forma de um pré-candidato a presidente pelo PSOL; forma de uma cueca para encher de dinheiro de propina.

Com certeza teríamos o Ciborgue andando pelas ruas. E provavelmente seria alguém como Joaquim Barbosa, que, já sem paciência para seguir as leis que insistem em beneficiar criminosos, se tornaria esse super-herói com implantes biônicos que lhe confeririam superpoderes. Entretanto, como ele fez esses implantes no SUS, deu ruim! Começou a ter problemas com as próteses mal colocadas e teve que se aposentar muito cedo.

Também teríamos pelas ruas o Motoqueiro Fantasma, que no Brasil seria o “alter-ego” de algum juiz criminal já desiludido com o sistema penal brasileiro. Atuando nas ruas de Curitiba, provavelmente esse juiz se apossaria de uma das motos Harley Davidson penhoradas no caso Eike Batista e sairia pelas noites condenando a alma de latrocidas, estupradores e homicidas ao descanso eterno junto com o capiroto.

Quem daria o que falar seria o Justiceiro. Um ex-policial do Bope do Rio de Janeiro, que teve sua família assassinada por traficantes. Após receber uma herança de uma tia rica, torra toda a grana em armas de alta tecnologia e se dá como missão exterminar todos os traficantes da cidade maravilhosa.

Um dos heróis mais emblemáticos dessa geração seria o Ciclope, mutante que atira raios laser pelos olhos. Cansado da vida de herói, sua identidade secreta, Nestor Cerveró, realiza um procedimento pelo SUS para curar seu problema de vista. O resultado todos conhecem. Desgostoso e bravo com a saúde brasileira ele se aposenta e se torna lobista.

Se ficou impressionado com a nossa gloriosa galeria de super-heróis, espere até ver a longa galeria de supervilões do Brasil.

Eustáquio Rodrigues Filho – Servidor Público e Escritor – Autor do livro “Um instante para sempre”.

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