facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 07 de Maio de 2024
07 de Maio de 2024

13 de Dezembro de 2011, 08h:35 - A | A

OPINIÃO / HELDER CALDEIRA

As vagabundas da Oi

HELDER CALDEIRA



No último domingo, dia 11 de dezembro, fui vítima do baixo nível e da péssima qualidade dos serviços de atendimento da Oi, a maior empresa de telefonia em atividade no Brasil. Quem nunca foi? Esse setor é o primeiro colocado em volume de reclamações e ações de qualquer órgão ou instância de defesa do consumidor. São larápios saqueadores internacionais que se beneficiaram da indulgência das antigas estatais de telecomunicação privatizadas e que há quase duas décadas estão fazendo uma farra no país. Mas o que poderia ser terrível acabou se tornando um momento impagável: flagrei duas atendentes da Oi desqualificando a própria empresa e descobri porque as operadoras nos deixam horas aguardando, ouvindo musiquinhas!

Tudo começou quando eu fui solicitar um novo telefone fixo, incluindo internet banda larga, para a residência da minha mãe, na cidade serrana de Paraíba do Sul, interior do estado do Rio de Janeiro. Apesar do site oficial da Oi apresentar opções de tráfego de até 10 Mb/s por caríssimos R$ 129,90 mensais, quando liguei para a empresa, no dia 10 de novembro, fui informado que nesta cidade só há a disponibilidade da velocidade de 1 Mb/s. Ou seja, o processo já se inicia com a propaganda enganosa. Ainda assim, solicitei o telefone e recebi a previsão máxima de 7 dias corridos para a instalação. Até hoje, mais de um mês depois, a Oi não instalou o telefone!

Por conta desse monumental atraso, na tarde do último domingo entrei em contato com o teleatendimento da Oi. Ainda no menu automático, o “sistema” me avisou que a ligação seria gravada e que, devido à impossibilidade de gerar um protocolo imediato, eu deveria solicitá-lo a quem me atendesse. Fiquei cerca de 8 minutos ouvindo aquela música insuportável enquanto aguardava. Eis que veio a grande surpresa: a atendente, provavelmente por acidente, conectou a linha e eu passei longos 15 minutos e 22 segundos escutando um animado bate-papo entre duas funcionárias da empresa de telefonia!

Ao invés de atender devidamente os clientes, as duas moças conversavam sobre o lugar onde moravam, o baile funk do dia anterior, o “saco-cheio” por estar cumprindo escala de trabalho no domingo e até sobre os preços praticados pelas operadoras concorrentes. Uma delas, inclusive, afirmou sem qualquer pudor: “Anota aí meu telefone: 9162-XXXX. Me liga pra gente sairmos no outro findi” (sic). O que a outra disse infelizmente ficou inaudível. Mas a primeira seguiu em resposta: “Não. Meu celular era Claro. Mas agora fui pra TIM, porque é muito mais em conta! Deus me livre de Oi!” (sic). E seguiram no papo, animado e sem qualquer preocupação com os clientes que estavam aguardando atendimento nas linhas.

Acredito que ela percebeu que a chamada estava aberta e simplesmente desligou a ligação. Perdi quase 24 minutos esperando pelo atendimento e ouvindo a prosa à toa das vagabundas dominicais da Oi para, no final, ter o telefone desligado na minha cara. Por imediato, liguei novamente para teleatendimento, refiz todo o processo e fui atendido em menos de 3 minutos. Pedi para fazer o registro de duas reclamações: a primeira com relação ao atraso de mais de 30 dias na instalação do telefone da minha mãe; e a segunda com relação ao desrespeito com o cliente praticado pela farrista atendente anterior. Qual foi a resposta? A Oi não poderia gerar um protocolo, pois o telefone ainda não tinha sido instalado, portanto, não existia! Ora bolas, então não há como reclamar nesses casos? Balela.

Em suma, talvez por um corporativismo tacanho, a atendente afirmou ser impossível me fornecer um protocolo. Por conseguinte, minha justa, legal e pertinente reclamação não foi tomada como oficial. Dentre outras sacanagens nesse caso, isso implica a impossibilidade de solicitar as gravações de ambas chamadas. Espertinha essa Oi, né?! Mas eu sou mais! Ainda na primeira ligação, quando percebi o “furo” e comecei a ouvir a conversa fiada entre as atendentes, liguei o gravador do celular e arquivei tudo. Fiz o mesmo com a segunda chamada. Logo depois, entre no site da empresa e registrei online os fatos, sob protocolo nº 2191103599926, às 18 horas e 08 minutos daquele domingo, dia 11 de dezembro de 2011. Na internet, não havia a possibilidade de uma censura corporativa!

Não satisfeito, fiz questão de registrar a ocorrência junto à Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), órgão governamental responsável pela fiscalização dos serviços das empresas de telefonia. Tenho ciência absoluta de que tudo isso não vai dar em nada. Mas estou certo de que se todas as pessoas vítimas das vagabundagens e sacanagens das operadoras tivessem essa postura e as acionassem judicialmente, teríamos alguma chance de conquistar uma melhor prestação de serviços no futuro. Por enquanto, segue essa bandalheira nesse país de bandidos engravatados e impunidade óbvia. Será que o Brasil vai dar certo um dia?

HELDER CALDEIRA - Escritor, Jornalista Político, Palestrante e Conferencista
www.heldercaldeira.com.br – [email protected]
*Autor do livro “A 1ª PRESIDENTA”, primeira obra publicada no Brasil com a análise da trajetória da presidente Dilma Rousseff e que já está entre os livros mais vendidos do país em 2011.

>>> Siga a gente no Twitter e fique bem informado

Comente esta notícia

Cil 20/01/2012

São v. mesmo! E quem está falando agora é mulher. Aconteceu a mesma coisa comigo! Liguei pra Oi para resolver dois problemas: linha muda e velox funcionando com 50% da velocidade contratada. Na primeira ligação, a desatendANTA (para rimar com presidanta) ficou fingindo que não estava me ouvindo (o famoso Alo? Alo? Alo?). Quando liguei na segunda vez, ouvi de tudo também. Desde falação sobre o cabelo, o tamanho dos seios e até da boca de uma fulana lá, sem contar as palavras de baixo calão proferidas pela desatentanta. Para mim, gente que não trabalha só pode ser chamada de v... mesmo. E nesse caso, com agravantes, já que a pessoa tem um emprego.

positivo
0
negativo
0

Monique Pimenta 22/12/2011

Essa pessoa é Jornalista? Nossa,ele tá com tanto ódio que não sabe nem o que tá falando...tomara que ele tenha bastante dificuldade em resolver TUDO,sempre...até aprender a respeitar as pessoas...mas ainda tenho minhas dúvidas e essa pessoa seja Jornalista,sem moral,sem educação e sem respeito...acho estranho...

positivo
0
negativo
0

Raquel 22/12/2011

Boa noite. Sinceramente... Toma vergonha nessa cara e vá aprender a ser gente! Não se pode generalizar! Mesmo o "Senhor" sendo um jornalista, eu acredito que no jornalismo exista profissionais competentes, dignos de respeito e de bom caráter. Para se ter respeito, primeiro saiba conquistá-lo.

positivo
0
negativo
0

Clézia 16/12/2011

Além de ser cliente sou funcionaria da OI e não sou vagabunda, já que trabalho honestamente e sei bem os meus princípios. Assim como você e outras pessoas que foram mal tratadas por atendentes, vale ressaltar que ha clientes que não tem o mínimo respeito e assim como você sai jogando pedras para todos os lados não se importando com os sentimentos das pessoas, eu atendo pessoas com vários temperamentos e você acha que é fácil chegar para trabalhar sentar em frente a uma maquina e no decorrer do seu dia de trabalho ouvir pessoas que nunca se viu gritarei? Eu trabalho em um Call Center sim e com muito orgulho e principalmente por gosto do que faço e só vale ressaltar assim como em qualquer empresa há regras de conduta a seguir, mas infelizmente nem todos seguem, mas nem por isso se deve generalizar. Portanto tenha mais respeito e pense bem antes de dizer já que você pode ofender alguém assim como estou me sentindo agora.

positivo
0
negativo
0

Irene Maria da Silva 15/12/2011

Olha até entendo o problema, agora chamar as funcionárias da OI de vagabunda, generalizando isso é de mais. Sou funcionária da Oi e não sou vagabunda! Alias belo profissional é vc cidadão? Por uma acaso sua mãe, sua irmã e quem sabe sua esposa trabalha na Oi? De certo não né! Sou trabalhadora, honesta e que paga os tributos em dia, não mereço passar por esse tipo de intitulação, francamente, me sinto profundamente desmoralizada e ofendida!

positivo
0
negativo
0

CLEBER MIRANDA 14/12/2011

Ja passei por isso e devia ter gravado em meu celular, no caso acho as nossas leis muito brandas pra punir essa sacanagem que fazem conosco. Ja esta vindo as eleições vamos pensar e verificar...

positivo
0
negativo
0

Sebastião Queiroz 13/12/2011

Caríssimo Helder. Eu também já fui surpreendido por uma atendente que disse que a operadora dela era a Claro e "nem Deus há de deixar" de eu usar a Oi. Palavras da moça, que ao contrário das que o atendeu (ou fingiram), era simpática e prestativa. Pena que a Oi não se compara. Hoje mesmo, cancelei a minha linha e a internet banda larga. Por 1 ano paguei por míseros 2 Mb de velocidade e só era contemplado com menos de 1 Mb. Reclamei, reclamei e nunca me deram bola. Sempre aquela de "reinicia" o equipamento e etc... etc... Hoje estou com a Embratel, com 5 Mb de banda larga, telefone e TV a cabo, por muito menos do que pagava pra Oi. Agora sei que fiz a coisa certa e parabenizo pela atitude. Se todos fizerem assim, um dia acabamos com a política de atendimento de empresas como a Oi. Que na hora de vender seus produtos, parecem a 8ª maravilha. Mas depois que o consumidor compra, começa o pesadelo.

positivo
0
negativo
0

Wagner 13/12/2011

Mude para a GVT!!

positivo
0
negativo
0

Cris 13/12/2011

Quanto a:" Será que o Brasil vai dar certo um dia?" Eis a resposta: Na próxima eleição - Vote nas Putas, porque nos Filhos não deu certo!!!

positivo
0
negativo
0

9 comentários

1 de 1