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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

27 de Fevereiro de 2015, 10h:20 - A | A

NACIONAL / TRAGÉDIA

Velório de 6 da mesma família reúne centenas

Família encontrada morta em casa em SC será enterrada nesta sexta-feira

G1



Os seis parentes encontrados mortos em casa na quinta-feira (26) serão enterrados às 10h desta sexta-feira (27) no Cemitério da Linha Fernando Machado, em Cordillheira Alta, no Oeste catarinense. O funcionário público Alcir Pederssetti, 42 anos, é suspeito de ter matado a tiros a própria família e cometido suicídio.

Foram encontrados mortos Alcir, a esposa Monica Pederssetti, de 33 anos, a filha do casal, Lana Pederssetti, de 16, além dos pais de Monica, Antonio Moresco e Luiza Moresco, de 68 e 65 anos, respectivamente, e a irmã dela, Lucimar Moresco, de 36. 

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Conforme a funerária Dal Bosco, os corpos serão enterrados em três túmulos. Mãe e filha, Monica e Lana, serão enterradas juntas. Em outro túmulo, ficarão o pai, mãe e irmã de Monica - Antonio, Luiza e Lucimar. O suspeito do crime será enterrado sozinho em uma lápide.

Durante a madrugada, cerca de duas mil pessoas prestaram as últimas homenagens no velório da família, realizado em um ginásio de esportes da cidade. A cerimônia iniciou por volta das 19h.

Centenas de pessoas participam de velório de familiares na noite desta quinta (26) (Foto: Martin de Moraes/RBS TV)
Centenas de pessoas participam de velório na noite desta quinta (26) (Foto: Martin de Moraes/RBS TV)


Enterro

Segundo a funerária encarregada de realizar o ato, os corpos de Lana, Antonio, Luiza e Lucimar chegaram por volta das 19h. Cerca de três horas depois, chegaram os corpos do casal Monica e Alcir. Centenas de pessoas participavam do velório no final da noite.

Investigação

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a morte dos seis familiares, que foram encontrados pela empregada doméstica na manhã de quinta.

Segundo o delegado Danilo da Silva Fernandes, responsável pelo caso, Alcir é o principal suspeito de ter matado todos.

"Os primeiros apontamentos, analisando o local, é de que ele [Alcir] tenha matado. A posição da arma, dos projéteis [indicam isso]", afirma o delegado. Segundo ele, não há indícios de que a casa tenha sido arrombada.

Monica e Alcir eram casados (Foto: Montagem/Facebook)
Monica e Alcir eram casados e enfrentavam problemas conjugais, diz polícia (Foto: Montagem/Facebook)

Posse de arma

Fernandes afirma também que o revólver calibre 38, encontrado no local do crime e que pode ter sido utilizado na ação, possuía registro, mas Alcir não tinha porte de arma. 

"Ele não tinha antecedentes criminais. Temos que aguardar o resultado do laudo da perícia, que deve sair em 10 dias. Se apontar que foi ele, o inquérito será encerrado. Parece que o relacionamento não ia bem, a mulher queria se separar", explica o delegado.

Casa da família foi isolada pela Polícia Militar (Foto: Jhota Biavatti/TV Box)
Casa da família foi isolada pela Polícia Militar (Foto: Jhota Biavatti/TV Box)

Todos foram baleados
De acordo com o IML, havia marcas de mais de um disparo no corpo da esposa e do sogro de Alcir, mas o plantonista não soube precisar quantos. Segundo ele, os demais corpos possuíam marca de um disparo.

Segundo a polícia, Monica teria sido a primeira vítima. Lana, filha do casal, foi encontrada morta na sala, ao lado do corpo do pai. Os corpos de Antonio Moresco e Luiza Moresco estavam em um quarto e o de Lucimar Moresco, em outro quarto.

Lana, de 16 anos, é uma das vítimas (Foto: Reprodução/Facebook)
Lana, de 16 anos, é uma das vítimas (Foto: Reprodução/Facebook)

Comoção

O suspeito era funcionário público e trabalhava havia 10 anos na Secretaria de Agricultura de Cordilheira Alta. "Sempre tranquilo, sempre desempenhava suas funções. Inclusive ontem [quarta-feira] ele ficou a tarde toda lá na prefeitura e estava de férias", afirma o prefeito Alceu Mazzioni.

A família era conhecida na cidade de 4,1 mil habitantes. Moradores estão abalados com as mortes, especialmente as cerca de 200 famílias, a maior parte de agricultores, moradoras do Distrito de Fernando Machado, onde ocorreu o crime.

Alguns vizinhos comentaram que ouviram os tiros por volta das 4h30. No entanto, eles disseram que era comum Alcir atirar quando achava que havia alguém suspeito no terreno, então não deram importância.

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