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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
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17 de Agosto de 2012, 15h:10 - A | A

NACIONAL / VISÃO DE FORA

The 'Economist "orienta Dilma a não negociar com grevistas e sugere cortes

Revista tece duras críticas ao governo e diz que regras para aposentados são absurdas

UOL



 A revista britânica "The Economist", especializada em economia, publicou artigo dizendo que a presidente Dilma Rousseff enfrenta a "hora da verdade" e tem de fazer o Brasil cortar gastos para poder crescer. A revista critica impostos, salários e aposentadorias no país, considerando todos muito altos.

 

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O artigo diz que há "muitas razões" para problemas no Brasil. Cita falta de infraestrutura e altos impostos, mas também diz que as aposentadorias têm "regras absurdas", que possibilitam trabalhadores se retirarem muito cedo do mercado.

 

"Dilma deveria abolir regras absurdas de aposentadoria, que permitem a muitos trabalhadores obterem seus benefícios com 50 e poucos anos", defende o artigo.

 

Além disso, a revista registra que no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que antecedeu Dilma, "o salário mínimo e as aposentadorias aumentaram muito mais rapidamente do que a inflação".

 

O texto diz que o Brasil está enfrentando a crise global com pacotes de estímulo ao consumo, como cortes de impostos de carros e eletrodomésticos, mas afirma que essa política tem de mudar: o necessário é cortar custos.


Brasil é muito caro para investir ou produzir, afirma artigo.

 

Segundo a reportagem, é muito caro investir ou produzir no Brasil. "É mais barato importar aço feito na Coreia do Sul com minério de ferro brasileiro do que comprar o aço pronto no próprio Brasil", diz a revista.

 

"Há muitas razões para isso. Os salários cresceram sem a preocupação com a produtividade estagnada. Uma infraestrutura pobre também aumenta os custos das empresas", afirma. O texto também diz que os impostos são altos e representam cerca de 36% do PIB (Produto Interno Bruto), equivalente ao que ocorre na Europa. "Mas os brasileiros não têm serviços públicos como os da Europa."

 

O artigo lembra que, em 2008, na primeira onda da crise econômica global, o governo conseguiu uma rápida aceleração da economia brasileira ao estimular o consumo. Mas agora a mesma política está tendo menos efeito, porque os consumidores estão endividados e não conseguem comprar muito mais.

 

A revista afirma que o governo Dilma tem reduzido os juros e influenciado no câmbio para reduzir o real, que estava "supervalorizado".

 

O artigo elogia o pacote de ampliação e privatização de rodovias anunciado na quarta-feira (15) por Dilma, mas afirma que é preciso evitar despesas na máquina pública, como aumentos desejados por funcionários públicos em greve.

 

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