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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
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18 de Novembro de 2018, 08h:39 - A | A

NACIONAL / PARA NÃO SER EXTRADITADO

Chefão do Comando Vermelho mata mulher em prisão do Paraguai

Crime cometido pelo chefão do Comando Vermelho seria 'uma medida extrema para evitar sua extradição para o Brasil'.

ESTADÃO



Rio - O narcotraficante brasileiro Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, é suspeito de ter assassinado uma jovem mulher que o teria visitado, neste sábado, no grupamento especializado da Polícia Nacional, onde está preso, em Assunção, no Paraguai. Conforme o jornal local "ABC Color", o crime seria "uma medida extrema para evitar sua extradição para o Brasil". Ele é integrante da facção Comando Vermelho (CV), do Rio.

A Justiça do Rio condenou Piloto a uma pena de 26 anos de prisão No Paraguai, ele está preso por homicídio e falsificação de documentos, mas foi aberto um processo para sua extradição, atendendo a um pedido da Justiça brasileira.

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Conforme a imprensa paraguaia, o brasileiro teria usado uma faca de sobremesa para golpear seguidamente a jovem Lidia Meza Burgos, de 18 anos, que fora visitá-lo neste sábado. A vítima é da cidade de General Resquín, no departamento de San Pedro. O assassinato da mulher foi confirmado pelo chefe do grupamento, Germán Real Medina.

Após ouvir gritos, os agentes foram ao local e encontraram a mulher ensanguentada. A vítima chegou a ser levada para o Hospital de Barrio Obrero, em Assunção, mas não resistiu. O corpo passou por perícia e foi levado ao necrotério oficial.

De acordo com a imprensa paraguaia, o assassinato seria uma "estratégia macabra e desesperada" do narcotraficante para barrar sua extradição para o Brasil, já que todos os recursos judiciais foram esgotados sem sucesso. Nesta sexta-feira, a Justiça havia negado pedido da noiva de Piloto, Marisa de Souza Penna, também reclusa em estabelecimento penal, que pretendia casar-se com ele na prisão. O casamento com uma paraguaia poderia dificultar a extradição.

Antes 'Piloto' havia dado uma entrevista denunciando o pagamento de propinas a autoridades policiais paraguaias em troca de proteção. A advogada dele, a argentina Laura Marcela Casuso, que organizou a coletiva, foi assassinada a tiros, na segunda-feira, 12, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.

As autoridades paraguaias também divulgaram neste mês um vídeo em que o CV ameaça matar a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Quiñonez, em represália à ação dela pela extradição de Marcelo Piloto. Se confirmada a autoria do assassinato, Piloto terá de responder ao inquérito, dificultando a extradição.

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